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Reorganização administrativa do território (Lei n.º 22/2012, de 30 de maio)
Freguesia: Alhadas |
Freguesia criada por agregação das extintas freguesias de: Alhadas, Brenha |
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CONTACTOS |
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Morada |
Rua do Jardim Escola, 32 - Alhadas de Baixo - Alhadas |
Cód. Postal |
3090 - 401 Figueira da Foz |
Telefone |
233079026/936212780 |
Fax |
(não disponível) |
Email |
mail@jf-alhadas.pt |
Site |
www.jf-alhadas.pt
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Presidente
Jorge Manuel Bugalho da Silva
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Secretário
Maria Manuela Fernandes Évora Oliveira
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Tesoureiro
Mário Francisco Freitas Cação Monteiro |
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Presidente
Jorge Manuel Rocha Oliveira
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Secretário
Alda Cristina da Costa Marcelo
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Secretário
Luís Pedro Medina e Silva
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Restantes Elementos
- João Paulo Fernandes Silva
- Mario da Silva Rocha
- Paula Maria Monteiro Esteves
- Pedro José Correia da Cruz
- Alda Maria Teixeira Ladeiro
- Tiago Alexandre da Cunha Carvalho
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DESCRIÇÃO DA FREGUESIA |
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Remontam ao século XI as mais antigas referências conhecidas respeitantes à vila de Alhadas. Terra de campos férteis e aprazíveis, terá atraído desde tempos milenários a fixação do homem.
Da ocupação romana e mourisca existem vestígios bem evidentes, como o Dól-men das Carniçosas, designado localmente como “Cemitério dos Mouros”.
Assentes principalmente na tradição, aparecem várias versões da origem toponímica de Alhadas. O seu nome é atribuído à palavra árabe “Alheda”, que significa limite, ou “hadda”, terminar. Ou, segundo outros, terá existido uma aliança entre Ela e os coutos de Maiorca e Quiaios, para uma defesa mais eficaz em conjunto das três povoações, para melhor resistir às arremetidas dos árabes, a que se daria o nome de “alliados” -”Alliadas”, o que por corrupção linguística teria originado o vocábulo Alhadas.
As referências escritas ao nome de Alliadas só se encontram nos registos do reino a partir do século XII.
Conheceu momentos de honra e glória, foi couto, teve foral em 23 de Agosto de 1514, dado por D. Manuel I, foi vila e sede de concelho.
Em 1721, a freguesia de Alhadas era assim descrita pelo seu pároco Luís da Fonseca Cortez: “ Há sete ermidas, todas do povo, e entre estas uma de Nossa Senhora de Guadalupe imagem milagrosa e a que concorre alguma gente para se livrar de maleitas. A freguesia consta de quatrocentos e vinte e oito fogos não entrando neste número Vila Verde, lugar que tem com seus arrabaldes oitenta e seis fogos, os quais meio ano são fregueses desta igreja e outro meio ano de S. Julião da Figueira. (...) Na igreja não há mais do que uma sepultura, que conforme consta do letreiro que tem mandou fazer um João de S. Miguel para ser sepultado e sua mulher Ana de Lemos e hoje é de seus herdeiros e descendentes. Não há cartório nem livro algum de que conste algum privilégio ou prerrogativa que lhe fosse concedida. A igreja não é colegiada nem tem benefício algum e nela não há mais do que um coadjutor apresentado pelos párocos. Há seis livros de baptizados, defuntos e casados dos quais o mais antigo dos casados principia no ano de 1671, o mais antigo dos defuntos no ano de 1674 e assim continuam até ao ano presente”.
Por sua vez, o Pe. Luís Cardoso, no Dicionário Geográfico, em 1747, refere-se a Alhadas nestes termos: “ Chama-se esta terra Couto de Alhadas, pela mercê que lhe fez uma senhora duquesa... Alhadas ou Achadas (como lhe chamam os estatutos da Ordem de Cristo) ou Couto das Alhadas. Freguesia na província da Beira, bispado e comarca da cidade de Coimbra, arcediago do Vouga, termo da vila de Montemor-o-Velho, onde pertencem todas as causas crimes. É lugar d'El Rei e está situada em campina cercada em roda de montes, e em toda a freguesia vivem quinhentos vizinhos”.
Alhadas foi berço de gente ilustre, de que é justo salientar o Mestre Alhadas, escultor e santeiro, e Mário Augusto, pintor. Tiveram ainda fama as lavadeiras e as padeiras de Alhadas. A broa e o pão, devido à qualidade dos cereais, à pureza das suas águas e ao seu modo de fabricação, fizeram jus ao longo de séculos a uma qualidade que ainda hoje teima em se manter como ex-libris das Alhadas. A fama do seu vinho palhete, espirituoso, todavia, perdeu-se quase totalmente.
A povoação de Alhadas foi elevada a vila em 30 de Junho de 1989, culminando um processo de assinalável desenvolvimento local. E foi criado o respectivo brasão. Como é referido num desdobrável distribuído pela junta de freguesia na comemoração do 4.º aniversário da reelevação de Alhadas a vila: “Assim, nasceu da autoria do conceituado artista figueirense, Francisco Simões, o bonito brasão aprovado em assembleia de freguesia, criado numa feliz interpretação da história local, observando as regras da heráldica nacional. Os motivos aparecem esteticamente estilizados dentro do escudo peninsular, encimado por uma coroa mural em projecção planificada em linhas sóbrias e bem lançadas. À nossa vila, sede de junta de freguesia, compete-lhe ostentar a coroa mural de prata de quatro torres. No listel que figura por baixo do escudo paralelo ao bordo semicircular está inscrito o nome e a categoria da localidade — Vila de Alhadas. A simbologia do nosso brasão é duma leitura fácil. Como porta de entrada e ao mesmo tempo a servir de abrigo, temos a serra, no plano inferior aparece a representação da anta, a lembrar o dólmen das Carniçosas e, ainda mais abaixo, os campos verdejantes; lateralmente e em grande plano, a roda de água que faz andar a mó do moinho; ao centro duas espigas de trigo; no plano superior o firmamento e o sol, sinal de vida”.
A freguesia de Alhadas é a de maior população entre as freguesias rurais, a mais dispersa por lugares, com 36 povoações, a segunda maior do concelho em área, logo a seguir a Quiaios.
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