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Reorganização administrativa do território (Lei n.º 22/2012, de 30 de maio)
Freguesia: Almeida |
A Freguesia Almeida não sofreu alterações
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CONTACTOS |
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Morada |
Rua da Administração |
Cód. Postal |
6350-203 ALMEIDA |
Telefone |
271 574 650 |
Fax |
271 574 650 |
Email |
mail@jf-almeida.pt |
Site |
www.jf-almeida.pt
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Presidente
Sónia Carvalho Pereira de Jesus Cunha
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Secretário
Pedro Miguel Espinha Mota
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Tesoureiro
Patrícia Daniela Tomás Cabral |
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Presidente
José Fernando Neves Albano
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Secretário
Sandra Luísa Monteiro do Nascimento Alverca
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Secretário
José Monteiro Vaz
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Restantes Elementos
Ana Paula Simões Ferreira
Aristides Valente de Sampaio Rodrigues
Jorge Manuel de Jesus Moreirinhas
Rui Manuel Nicolau Nabais
Sónia de Jesus Candeias Pereira Rico
Bruno Miguel Cardoso Barata
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DESCRIÇÃO DA FREGUESIA |
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Vila e sede de concelho, Almeida tem uma gloriosa história. O nome da antiga “cabeça militar de toda a província da Beira”, de origem árabe, filia-se na situação planáltica que tem. Terá tido o nome de Talmeida e de Alameda. Talmeida ficaria no lugar conhecido por Enchido da Sarça.
Com o seu perímetro abaluartado em forma de estrela, de doze pontas, Almeida era a mais importante praça-forte da fronteira entre o Tejo e o Douro, guardando as terras de Riba-Côa entre Vilar Formoso e Castelo Rodrigo. Fortaleza praticamente inexpugnável até há um século, desempenhou importante papel em várias épocas da história de Portugal, nomeadamente durante a crise de 1383-85, as guerras da Restauração e as invasões francesas. O destaque maior vai para Junho de 1663, quando do cerco castelhano comandado pelo duque de Osuna, de tal ordem que o feito se encontra inscrito no obelisco da Praça dos Restauradores, em Lisboa. Também no Arco do Triunfo, em Paris, o nome de Almeida está gravado.
As origens de Almeida não estão ainda suficientemente estudadas mas crê-se que a fixação humana tenha acontecido durante o domínio romano. Os muçulmanos conheceram-na. Na “Crónica dos Godos” já se fala dela a propósito das conquistas feitas aos mouros no tempo de Fernando Magno: “Na era de 1307 (ano de 1039) se ganharam aos mouros muitas povoações da Estremadura d'aquém e d'além por Vilar Torpim, Almeida e Idanha até às margens do Tejo”.
Há discordância quanto às datas das mudanças de mão que sofreu na fase obscura da Reconquista. Segundo o espanhol Zaapter, teria sido tomada aos mouros pelos monges leoneses de S. Julião de Pereiro. Frei Bernardo de Brito, por seu lado, diz que a conquistou D. Sancho I, ainda em vida do pai, D. Afonso Henriques, que se teria perdido em seguida e recuperado de novo por volta de 1208, por esforço de Paio Guterres. Alexandre Herculano admitiu que toda a zona transcudana, incluindo Almeida, tenha sido leonesa até fins do século XIII.
Sem qualquer dúvida histórica é a tomada da povoação por D. Dinis, no ano de 1296. Encontrando-a muito danificada resolveu o monarca deslocar a praça para o sítio actual, fazendo novo castelo, povoando-o e dando-lhe o primeiro foral, obtendo a confirmação da posse pelo Tratado de Alcanizes no ano seguinte.
Durante a crise dinástica criada pela morte de D. Fernando, a vila esteve do lado de Castela, tendo sido duramente sitiada até ser reconquistada por D. João I. É a época do início do desenvolvimento do burgo. E cinquenta anos depois dá-se aqui o estabelecimento da comuna hebraica por judeus expulsos de Espanha pelos reis católicos, Fernando e Isabel. Em 1474, estes soberanos declararam guerra contra Portugal e prometeram Almeida a Rodrigo Cortez, vizinho de Ávila, logo que ele a conquistasse.
D.. Manuel I ampliou as defesas da praça, reconstruindo-a quase completamente e, segundo Sousa Viterbo, o Venturoso nomeou o próprio arquitecto da Batalha, Mateus Fernandes, para superintender às obras. Empenhado que estava em reforçar o poder defensivo das vilas fronteiriças, o soberano concedeu foral novo a Almeida, em 1 de Junho de 1510. Mas o castelo iria cair em ruínas durante o período dos Filipes, devido à política de abater fronteiras, concebida por esses reis.
É após 1640 que começam as obras de fortificação moderna de traçado abaluartado, segundo concepção de Antoine Deville. Durante a guerra da Restauração foi considerada a verdadeira chave de segurança da província da Beira, sem que nunca o inimigo a conseguisse tomar. E a partir da batalha de 2 de Junho de 1663 passou a ser o grande baluarte português da defesa fronteiriça. Mas não para sempre, pois foi perdida durante a Guerra dos Sete Anos e só regressou à lusa pátria em 1763.
Durante as invasões francesas, Almeida foi ocupada várias vezes. Em 26 de Agosto de 1810, as tropas francesas de Massena apoderaram-se da fortaleza, depois de um cerco, durante o qual o castelo explodiu devido à imprevidência de um soldado português que fez o paiol ir pelos ares. A guarnição capitulou, assinando os termos dessa capitulação perante o general francês na Casa da Guarda, às portas de S. Francisco, hoje pacífico e útil posto local de turismo. No decurso da guerra civil, Almeida transitou entre absolutistas e liberais, servindo as Casamatas de prisão. Em 1927, a praça perdeu definitivamente a actividade militar, com a partida do último esquadrão de cavalaria.
Mas ficou Almeida com as suas muralhas, classificadas como monumento nacional, e as três portas de acesso à praça, abertas em túnel e abobadadas, sendo a de S. Francisco uma obra-prima de bom gosto.
Admirável é também o antigo quartel de artilharia e cadeia, edifício setecentista em estilo joanino, onde está instalada a Câmara Municipal. A Igreja da Misericórdia, seiscentista, com um belo portal clássico e a igreja matriz, com três naves e diversos altares, são dois belos templos. Verdadeiramente notável é, no seu conjunto, todo o acervo patrimonial da histórica e nobre vila de Almeida.
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