|
|
Reorganização administrativa do território (Lei n.º 22/2012, de 30 de maio)
Freguesia: Silgueiros |
A Freguesia Silgueiros não sofreu alterações
|
|
CONTACTOS |
|
|
Morada |
Largo de S. Bartolomeu - Loureiro |
Cód. Postal |
3500 - 538 SILGUEIROS |
Telefone |
232 959 138 |
|
|
|
|
EXECUTIVO DA JUNTA |
ASSEMBLEIA DA FREGUESIA |
|
Presidente |
Carlos Coelho |
|
Secretário |
Gilberto Santos |
|
Tesoureiro |
António Oliveira |
|
|
|
|
Presidente |
João Pinto Ferreira |
|
Secretários |
Odeite Madeira / Paula Cristina Cruz |
|
Restantes
Elementos |
Oliveira Mendes
Helder Madeira
Luís Freitas
Jorge Santos
Rosalina Fernandes
Rui Dias |
|
|
|
|
|
DESCRIÇÃO DA FREGUESIA |
|
Silgueiros estende-se por uma área de 37 quilómetros quadrados, no extremo sul do Concelho de Viseu, sendo os seus concelhos limítrofes, Tondela, Carregal do Sal e Nelas. A fertilidade dos seus campos minifundiários contribui para a boa qualidade do vinho e produtos agrícolas, integrando a região demarcada do Dão, situada entre os rios Dão e Pavia. Pertence igualmente ao distrito e diocese de Viseu, distando desta cidade apenas 12 km.
A freguesia é constituída por 15 povoações e outros pequenos aglomerados populacionais. As suas povoações são: Passos, Pindelo, Pinoca, Loureiro, Loureiro de Baixo, Falorca, Casal Jusão, Póvoa Dão, Pedra Cavaleira, Mosteiro, Porrinheiro, Póvoa de Porrinheiro, Lajes, Casal Meão e Silvares.
O seu topónimo advém da palavra latina “Silicarios”, palavra essa que designava uma região rochosa, sendo essa ideia confirmada pelos topónimos Lajes e Pedra Cavaleira. O nome de Silgueiros estará também ligado à família Loureiro, uma das mais importantes da freguesia, especialmente na figura de Luís de Loureiro.
Silgueiros remonta a 4000 anos, residindo a prova numa construção dolménica, que apareceu em 1973 num terreno próximo da Adega Cooperativa local, bem como nos vestígios da passagem dos Mouros e dos Romanos. Dos vestígios deixados pelos Mouros, os mais importantes são as Lagaretas e as Campas Antropomórficas (Campas dos Mouros), enquanto que o mais importante para os Romanos é a estrada construída sob sua alçada. Essa estrada partia de Viseu, passava por Teivas, Rebordinho e Oliveira de Barreirros para depois atravessar Silgueiros e, por fim, seguia por Sangemil a caminho de Tábua. No interior da aldeia de Póvoa Dão ainda se encontra um troço desta estrada romana em bom estado de conservação.
Na Idade Média, a freguesia era dividida pelos concelhos de Barreiros e de Ranhados, sabendo-se ainda que possuía quatro cavalarias reais: uma em Silvares, outra em Lajes e duas em Passos. Uma cavalaria era “um cavaleiro vilão, a quem o rei concedia terras e privilégios para que se obrigasse a ter cavalo e para que se apresentasse na guerra, quando convocado, devidamente montado e armado”. Os concelhos referidos foram extintos por decreto a 6 de Novembro de 1836, passando Silgueiros para o concelho de Viseu.
D. Sancha Gonçalves e Daganel do Loureiro fundaram a paróquia em 1186, instituindo o padroado de Santa Maria de Silgueiros, cuja igreja incluía “espaços para cemitério, terras para lavoura, pastos, árvores, águas e tudo o mais”, como nos informa a sua Carta desse ano. O direito de decisão sobre o prelado ou o abade da freguesia, foi um direito ganho por eles aquando da edificação da referida igreja, tendo terminado com a publicação da Carta Constitucional Liberal, cujos decretos datam, respectivamente, de 30 de Junho de 1832 e de 5 de Agosto de 1833. De notar que a história desta família está intimamente ligada à história de Silgueiros e à História de Portugal, mais propriamente com as guerras portuguesas contra o Islão ( século XVI), no Norte de África.
Luís de Loureiro, foi um dos heróis mais esclarecidos da Nação, tendo nascido em Viseu no reinado de D. João II. Este filho de Henrique Loureiro e Catarina Rodrigues Cardoso foi o primeiro morgado com este apelido, para além de senhor da Casa do Loureiro, padroeiro da Abadia de Silgueiros, comendador da Ordem de Cristo, fidalgo da Casa Real, adaíl-mor do Reino, conselheiro do rei D. João III, governador e capitão-general das praças africanas de Santa Cruz de Cabo de Aguer, Safim, Mazagão, Arzila e Tânger. Granjeou muita fama no seu tempo, a prová-lo o poema “D. Jaime” de D. Tomás Ribeiro:
Que belo tempo foi esse
Das bravas de Mazagão!
Lhe tornou Pinto Ribeiro
Com rosto mais prazenteiro
Com mais elevada voz.
Mas no tempo em que vivemos
Teremos-lhe invejo nós?
De quê? Do Garife Hamet
Rei do Marrocos guerreiro,
A quem Luís do Loureiro
Susteve iras de pé?
Que lhe fez Luís Loureiro
Que lhe rendeu o seu valor
Em ser bravo primeiro
Na tomada de Azamor?
D. João III concedeu-lhe “Carta de Brasão” a 26 de Junho de 1552, morrendo em luta em Março de 1553.
O último morgado do Loureiro faleceu a 14 de Outubro de 1865, tendo a casa sido vendida para o pagamento de dívidas do seu herdeiro, passando assim para as mãos de um brasileiro, Santos Lima, cujos herdeiros têm mantido, sucessivamente, a posse da quinta. Esta continua a produzir o famoso vinho do Dão.
Outro silgueirense ilustre foi o Dr. Ricardo Pais Gomes, Ministro da Marinha durante a Primeira República e Primeiro Governador Civil de Viseu, após 5 de Outubro de 1910.
A paróquia da freguesia teve sempre grande importância, tornando-se numa freguesia de renome após as grandes reformas do Liberalismo. Os responsáveis pela paróquia eram os Presidentes de Junta da Paróquia, cargo que hoje é ocupado pelos Presidentes de Junta de Freguesia. A 20 de Junho de 1997, Silgueiros foi elevada à categoria de vila.
A Bandeira da Freguesia de Silgueiros é quarteada de duas peças amarelas e duas peças azuis, com cordão e borlas de ouro e azul. Ao centro, há um escudo vermelho, cinco folhas de figueira verde, nervadas e perfiladas de ouro. Em brocante está um mantel de verde, perfilado de ouro, carregado de um cacho de uvas e folhas de ouro, que se sobrepõe a um pé ondado de prata e azul. Em cima surge um mural de quatro torres de prata, enquanto em baixo surge, num listel branco, a legenda “VILA DE SILGUEIROS” , em maiúsculas negras. Toda a bandeira caracteriza de uma forma extraordinária a freguesia e a sua história, senão vejamos. O amarelo simboliza o Sol, um factor a ter em conta no microclima de Silgueiros pela sua intensa luminosidade e duração, enquanto a azul simboliza o céu limpo, que caracteriza frequentemente não só a freguesia, mas também os rios Dão e Pavia que a ladeiam. O verde resulta da combinação do azul e amarelo da bandeira, simbolizando o campo e os seus vinhedos, tã! o característicos da paisagem da freguesia.
As folhas de figueira, representadas no escudo, referem-se às armas do capitão Luís de Loureiro, notável homem de armas, como já se referiu acima, dando igualmente nome à freguesia. Os vértices centrais representam as elevações que se avistam ao longe, as serras da Estrela e do Caramulo, encaixando-se entre elas o planalto de Silgueiros. A peça triangular representa os espaços verdes envolventes, aparecendo dentro dela dois elementos fundamentais: a representação do Vinho do Dão, através do cacho de uvas, e os rios Dão e Pavia.
|
|
|
|
|
|
|