A freguesia do Sardoal dá o nome ao concelho, sendo a sua sede e liderada, de forma pujante.
Ao longo dos séculos, o desnvolvimento do núcleo original do Sardoal foi relativamente considerável. Por alturas de 1527 já era um aglomerado de certa importância, onde residiam 504 pessoas, como refere o "Cadastro da População do Reino", daquele ano. Daí resultou a elevação da vila, poucos anos depois, atravéz da carta dada, em Évora, a 22 de setembro de 1531, por D. João |||.
Com uma área de 29,93 Km2, que corresponde a 32,5% da área do concelho, a freguesia de Sardoal é a segunda maior em termos de área e a maior do concelho em termos populacionais. A freguesia divide-se essencialmente pela Vila de Sardoal, que constitui um núcleo muito antigo e de caracteristicas urbanas nítidas, e os demais lugares, que são cariz essencialmente rural, com uma acentuada dispersão.
A evolução demográfica desta freguesia foi pautada, na década de 80, por um decréscimo populacional,o qual se situa em 5,2%, tendo recuperado de forma significativa nos anos 90. No Censo de 1981, a população residente era composta por 2.440 indivíduos, baixando, ligeiramente, no Censo de 1991, para os 2.312 habitantes. Em maio de 1998, segundo informações recolhidas junto da autarquia, o universo populacional rondava os 2.850 moradores, dos quais 2.016 eram recenseados.
Tendo ainda em conta os dados do Censo de 1991, a população apresentava a seguinte composição: 409 indivíduos tinham entre os 0 e os 14 anos; 275 encontravam-se entre os 15 e os 24 anos; 1.118 pessoas situavam-se entre os 25 eos 64 anos; e 510 indivíduos tinham mais de 65 anos. Ao observarmos estes valores deparamos com uma população envelhecida, um problema que afeta quase todas as regiões do interior do país.
Para fazer a análise da vida económica local da freguesia é preciso ter em conta o fato de nela se situar a sede do conselho e, consequentemente, a maior parte dos serviçospúblico e privado de natureza coletiva que servem a população de todo o conselho. Assim, falar da freguesia de Sardoal, nos seus aspetos económicos e sociais, é muitas vezes falar do conselho.
A estrutura económica da nossa freguesia sofreu importantes alterações desde dos anos 60, as quais foram traduzidas na diminuição de ativos no setor primário e o aumento da mão-de-obra nos outros dois setores. A quebra do peso do setor primário começou a verificar-se a partir de 1960, data em que ocupava 1.090 ativos, tendo-se prolongado essa tendência durante as décadas seguintes, o que representou uma quebra de 86,8% em relação a 1960. Os setores, registaram um acréscimo da população ativa, em particular, no setor treciário, que teve um aumento de 100% entre 1960 e 1991, passando de 324 ativos para 645, respetivamente.
Apesar da quebra reguistada no setor primário, atualmente ainda existem diversas atividades relacionadas com a agricultura, sendo o total de explorações agriculas caracterizadas por minifúndio, destinados ao cultivo de produtos hortículas,não se tendo registado, nos últimos anos, iniciativas por parte dos jovens agricultores.
No setor secundário tem-se registado, nos últimos anos, um aspeto positivo que importa valorizar, que é a sua orientação preferencial para a industria transformadora. Deste modo, as principais atividades industriais da freguesia relacionam-se com a transformação de madeiras, plásticos e com os enchidos.
A oferta comercial existente é muito vasta e variada, tanto ao nivél do comércio alimentar, como do não alimentar a retalho, existindo diversos estabelecimentos de restauração e realizando-se três grande feiras anualmente.
Em 1991, o INE calculou a taxa de atividade da freguesia em 36,3% e a taxa de desemprego em 5,5%. Atualmente, de acordo com a autarquia, o problema do desemprego praticamente desapareceu. No entanto, para o executivo da Junta de Sardoal, a fixação de mais e novas indútrias era fundamental para a criação de novos empregos e para a fixação da população mais jovem, evitando-se assim o flagelo de desertificação populacional através da emigração.
No ambito das infra-estruturas básicas existentes e respetivos graus de operacionalidade, a rede pública de distribuição domiciliária de água cobre a toda a freguesia, não se registando irregulariedades no fornecimento.
A rede de saneamento básico abrange toda a freguesia, existindo uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR). A recolha do lixo é feita três vezes por semana.
Em termos rodoviários, a freguesia está munida de IC e de uma EN, contando, na área de transportes públicos, com ligações regulares para diversos locais do país e com uma praça de taxis. A menos de 10 km existe ainda transporte ferroviário.
A rede escolar é constituída por estabelecimentos de todos os graus de ensino até ao 12º ano.
Ao nivel da saúde, a nossa freguesia dispõe de vasto leque de estruturas , quer de cariz público, quer ao nivel privado. E no que respeita á ação social pública, existe jardim de infância, lar da treceira idade e centro de dia.
Na esfera desportiva, as estruturas também são variadas, desde priscinas coberta e descoberta, pavilhão, campos de jogos e vários e belos jardins.
Em termos de equipamentos culturais, contemos a biblioteca pública, o centro cultural, um centro de apoio á juventude, um espaço internet, grupo musical e grupo de teatro, sem esquecer as associações culturais.
Ainda nesta área, na nossa freguesia existem vários imóveis de interesse público e cultural, nomeadamente a igreja Matriz, a igreja da Mesiricórdia, a Casa Grande o Pelourinho. Merecem todos uma demorada atenção, pelo valor que revelam e pelo o orgulho que constituem para o seu povo.
Para além de monumentos classificados, a freguesia tem também no seu seio, outros monumentos notáveis que eriquecem o seu espólio artístico, como são os vários chafariz, e sem esquecer as diversas árvores que são património natural e os moinhos de Entrevinhas.
Censos
Ano Nº da População
1960 1090
1981 2440
1991 2312
1998 2850
2001 4104
2011 3939
Lugares da Freguesia
Andreus, Cabeça das Mós, Carvalhal (pertence a mais de uma freguesia e concelho), Entrevinhas, Madalenas, Palhota, Pisco, S. Simão, Sardoal, Vale da Carreira, Valongo e Venda Nova, para além de algumas habitações isoladas.
Caracterização
Área – 30 km²
População residente – 2414 (Censos 2011)
Padroeiros – São Tiago e São Mateus