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Dados históricos sobre o Sardoal

Nalguns locais da freguesia de Sardoal têm sido encontrados vestígios da presença do Homem desde tempos muito antigos. No Alto de S. Domingos, próximo da Vila de Sardoal, no monte que fica à nossa esquerda quando se avista a aldeia de S. Simão, foram encontrados alguns objetos de pedra polida, de que existem dois exemplares na Câmara Municipal, sabendo-se que outros foram levados para um museu em Santarém e que existem, ainda, outros na posse de particulares.

Em 1313, no documento mais antigo que existe no arquivo municipal, a rainha Santa Isabel, mulher de D. Dinis, dirige-se já aos juízes e procuradores do concelho de Sardoal, concedendo, ao então, lugar do Sardoal, diversos privilégios. Alguns historiadores defendem que foi esta a rainha, que foi donatária do Sardoal, que deu ao Sardoal o seu primeiro foral, ainda que, até agora, não tenha sido localizado este importante documento. Desde então quase todos os reis de Portugal dedicavam a sua atenção ao Sardoal, como o comprovam, as muitas cartas régias que se guardam no arquivo municipal de Sardoal ou que se encontram registados nas diversas chancelarias régias, sendo certo que vários reis de Portugal aqui permaneceram muitas vezes, o que se comprova pela existência de vários documentos reais, dados no Sardoal, por D. Pedro I, D Fernando, D. João I, D. Duarte, D. Afonso e D Manuel I, sabendo-se que em 7 de dezembro de 1432, aqui nasceu a Infanta D. Maria, filha de D. Duarte e de D. Leonor, sua mulher, que morreu no dia seguinte.

Em 22 de setembro de 1531, D. João III, por sua vontade expressa e sem ninguém lho requerer, por carta dada em Évora, elevou o lugar de Sardoal à categoria de Vila e, em 10 de agosto de 1532, por carta dada em Lisboa mandou-lhe demarcar um novo termo, mais de acordo com a nova categoria passava a ter, decretando que a partir de 1531, o Sardoal passasse a ser totalmente independente em relação a Abrantes, passando a ter jurisdição própria e apartada em todas as áreas do poder municipal.

No princípio do século XVII (1605), durante o domínio Filipino, foram os Paços do Concelho transferidos do local onde se encontravam, quase seguramente o atual edifício chamado “Cadeia Velha”, para o edifício onde hoje se encontram, registando-se a curiosidade de nessa altura a atual Praça da República se chamar Praça Nova e de a Rua Vasco Homem já ter essa designação. Facto acompanhado pelo Pelourinho, o qual se encontrava nas proximidades da Casa da Câmara primitiva, tendo sido desmembrado no século XIX.

No ano de 1934 a atual Praça da República sofreu uma intervenção de melhoramentos, tendo sido aí colocado uma cópia do pelourinho original, tendo sido transferido o chafariz que hoje encontramos nas proximidades da Cadeia Velha.

Por aqui passaram a 1º e a 3º invasões francesas, comandadas, respetivamente, por Junot e Massena, em 1807 e 1811.

As tropas de Napoleão cometeram aqui vários desmandos, roubando e saqueando as igrejas, cujas pedras partidas, ainda hoje evidenciam os atos de vandalismo praticados pelos franceses. O último rei de Portugal a visitar o Sardoal foi D. Carlos, em junho de 1907, poucos meses antes da sua morte, que ocorreu num atentado, regicídio, ocorrido no dia 1 de fevereiro de 1908.

Em 1970, o Sardoal recebeu a visita do então Presidente da República, Almirante Américo Tomás, sendo também visitada, em 19 de setembro de 1981, pelo então Presidente da República, General Ramalho Eanes e, em 22 setembro de 2010, pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. A expansão urbana da Vila de Sardoal, de sul para norte, deixa perceber a relação desta terra com alguns períodos importantes da história de Portugal, nomeadamente com o período dos Descobrimentos.

De facto, o século XVI pode considerar-se o “século de ouro” da história do Sardoal. Para confirmar esta afirmação basta recordar o seguinte:

  • Em junho de 1509 foi fundada a Santa Casa da Misericórdia de Sardoal, na continuação de uma confraria já existente desde, pelo menos, 1450;
  • Por volta de 1510 foram pintados os Quadros do chamado Mestre do Sardoal, que se encontram guardados na igreja Matriz, da paróquia de S. Tiago e S. Mateus de Sardoal;
  •  Entre 1507 e 1532 são representados os autos de Gil Vicente de que alguns contêm referências ao Sardoal, entre os quais a “Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela” e o “ Auto do Juiz da Beira”;
  • Em 1531, D João III eleva o lugar de Sardoal à categoria de Vila, demarcando-lhe um novo termo em 1532;
  • Em 1551 é construída a igreja da Misericórdia, cujo portal de estilo renascentista é atribuído a João de Ruão ou à sua oficina, em pedra de Ançã, no ano de 1552, no local onde, segundo tradição popular, existia uma ermida mandada construir por D. Fernando e D. Leonor de Teles, por volta de 1370, quando por aqui andaram fugidos da peste que grassava em Lisboa ou, mais provavelmente, da revolta do povo de Lisboa que não aceitava o seu casamento;
  • Em 1571, foi fundado o convento de Santa Maria da Caridade, dos Franciscanos Menores da Província da Soledad. Sabe-se, também, que muitos sardoalenses participaram nos Descobrimentos e nas conquistas de África, da Índia e do Brasil, situação a que não seria estranho o facto de o Senhorio do Sardoal pertencer aos Almeidas (família dos Condes de Abrantes), que ocupavam, nesse tempo, os mais altos cargos de governação do reino.

Bastará recordar o facto de D. Francisco de Almeida, 1º Vice-Rei da Índia, ter sido comendador do Sardoal.

Refere-se, por curiosidade, a tradição popular transmitida de geração em geração, que diz que os freixos que ladeiam a escadaria do convento de Santa Maria da Caridade foram trazidos da Índia, na segunda viagem de Vasco da Gama. Confirmada está, também, a participação de muitos sardoalenses na fatídica jornada de África de D. Sebastião em que muitos morreram ou ficaram cativos, na batalha de Alcácer-Quibir, como se pode verificar em diversas escrituras pelas quais foram vendidas diversas fazendas para pagamento do resgate dos que se encontravam em cativeiro.

Também aqui se fizeram sentir os reflexos das riquezas vindas do Brasil nos finais do século XVII e nos princípios do século XVIII, a que não será alheio o facto de ter sido um sardoalense, D. Gaspar Barata de Mendonça, ter sido o 1º arcebispo da Baía e primaz do Brasil, que se encontra sepultado num rico mausoléu no altar-mor da igreja de Santa Maria da Caridade, o qual por razões de saúde, nunca chegou a deslocar-se ao Brasil, o que não impedia que recebesse as rendas e benefícios inerentes às suas elevadas funções episcopais.

A referida riqueza reflete-se no riquíssimo retábulo de talha dourada e no revestimento de azulejos da capela-mor da igreja Matriz de Sardoal, sendo os últimos de autoria de Gabriel del Barco, datados de 1701, a sua derradeira obra; no altar-mor e azulejos da igreja da Misericórdia; no altar-mor e altares colaterais da igreja de Santa Maria da Caridade e na sua sacristia; na construção da Casa Grande ou dos Almeidas e na fundação de diversas quintas nos arredores do Sardoal, como a Quinta do Vale da Lousa ou do Constâncio, a Quinta das Gaias, a Quinta do Arcez, etc.

 
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