O Teixoso é detentor de um vasto e diversificado património edificado. De entre o património religioso destaca-se a capela do Santo Cristo, classificada como Imóvel de Interesse Público. Foi edificada, entre 1703 e 1705, sobre uma anterior Capela que guardava uma imagem de Cristo crucificado oferecida pelo Cardeal de Alpedrinha. Este templo de tipologia maneirista e barroca, deve o seu risco a José de Figueiredo, arquitecto de Lisboa. No interior apresenta abóbada de berço com 56 caixotões pintados e emoldurados por talha dourada de estilo nacional, executados por Manuel Pereira de Brito e restaurados pela primeira vez, por Luís do Vale com o patrocínio do Barão, D. José Ferreira de Pina Calado.
A sua igreja matriz tem por orago Nossa Senhora dos Coros, também conhecida pela denominação de Nossa Senhora do Ó, ou da Expectação.
A igreja de tipologia maneirista e barroca resulta da reconstrução do anterior templo de que ainda resta a torre, concluída em 1503, e outros elementos como alguns cachorros, os pináculos sobre o portal e o perfil dos portais em arco de volta perfeita. A reconstrução foi concluída em 1593 e recebeu novas obras em 1686 e 1693. Apresenta planta longitudinal, com três naves e quatro tramos. A fachada principal de empena baixa apresenta o eixo central ostensivamente decorado, composto por portal flanqueado por pilastras e encimado por frontão triangular interrompido, janela rectilínea e nicho com a Virgem.
Interiormente chama-se a atenção para a cobertura da capela-mor, onde Luís do Vale pintou, por volta de 1865, a Virgem em glória flanqueada pelos quatro evangelistas.
Existem ainda as capelas de Santo António e de Nossa Senhora dos Verdes - construções vernáculas do século XVII, sendo a última referida em 1758 como tendo a invocação de São Brás. As capelas de S. Salvador, São Pedro e de Nossa Senhora da Saúde são construções do século XVI, apresentam fachada muito simples rasgada por portal com vão em volta perfeita e empena muito aberta.
A 3Km da povoação encontra-se a Capela de Nossa Senhora do Carmo, onde anualmente se realiza uma das maiores romarias da região. Este templo dedicado até meados do século XVIII a S. Sebastião, foi alvo de restauro, em 1905, que lhe deu a actual configuração da fachada principal. A imagem que se encontra no nicho que sobrepuja o janelão foi oferecida por Gregório Baltazar como promessa para que a sua família e criados não sofressem os efeitos da Pneumónica. No interior destacam-se vários ex-votos pintados por Luís do Vale. Para além das capelas referidas chama-se a atenção para o cruzeiro de S. Marcos erigido em frente à capela de S. Marcos, hoje desaparecida, nele encontramos gravada interessante iconografia relacionada com o tema da Paixão.
No que concerne ao património civil destacam-se várias habitações dos séculos XVIII e XIX que na malha urbana se misturam com edifícios de traça mais popular e onde predomina a casa tipo "serrana" com dois ou três pisos, sendo o primeiro destinado a oficina ou armazém, caixa de escadaria interior, iluminada por óculo circular ou quadrilobado, e varanda no último piso. Quanto ao património rural é de salientar os inúmeros lagares vinícolas, os fornos de cozer o pão, as levadas e uma unidade semi-industrial agrupando moagem e lagar de azeite.
Apresentação da responsabilidade DRº Carlos Manuel Dias Madaleno