O Palácio dos Condes de Foz de Arouce é uma bela e bem dimensionada casa nobre que se estende ao longo da estrada principal que atravessa a povoação constituindo a zona histórica por excelência. Tem um portal muito desenvolvido ao centro, com sobre verga muito elevada que ostenta o brasão e um remate em forma de frontão interrompido. As armas são esquarteladas de Paivas, Pintos, Furtados e Mesquitas.

A Ponte de Foz de Arouce é uma das mais antigas da região centro datando do final da idade média. Foi junto a esta Ponte que se deu o confronto entre as forças anglo-Iusas e os exércitos imperiais de Napoleão.

Em memória dos homens que deram o seu esforço e a sua vida foi levantado um Padrão, que hoje as gentes da região veneram e pelo qual nutrem justificado orgulho. É uma coluna quadrangular, junto á Ponte, com uma curta inscrição alusiva ao facto histórico ali ocorrido.

Uma outra memória se ergue num monte sobranceiro á povoação, que não sendo visível da estrada, foi a primeira a ser levantada, para testemunhar o papel preponderante dessa derrota, nas tropas Francesas.

A Igreja Paroquial é dedicada a S. Miguel. É já o resultado de uma remodelação ocorrida no séc. XIX. Á medida que Foz de Arouce ia crescendo e a sua população aumentando, a igreja ia sendo melhorada e enriquecida. Na sua frontaria pode verse a mais bela das esculturas de quantas se conservam no concelho da Lousã: um S. Miguel, de estilo gótico, de irrepreensível elegância e que saiu de uma das melhores oficinas coimbrãs do séc. XIV, À direita da frontaria eleva-se a torre sineira de linhas direitas e curvas vincada com cantaria viva, e com dois sinos, um datado de 1816 e o outro de 1893.

No interior da Igreja, o imponente Altar Mor, de talha dourada, destruído totalmente pelo fogo em Julho de 1998, foi reconstruído em cópia fiel ao anterior pelo talhador Lousanense, José.

A pintura em ouro fino foi executada, por Eliseu e Filho, também eles Lousanenses. O seu estilo muito indefinido, a demonstrar que o seu autor original guardava um certo gosto tradicionalista neo-clássico.