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CONTACTOS |
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Morada |
Praça da Republica, Fracção F |
Cód. Postal |
7300-109 PORTALEGRE |
Telefone |
245331113 |
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DESCRIÇÃO DA FREGUESIA |
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Eleitores: 8451
Orago: Santa Maria
População: 10 275 habitantes
Actividades económicas: Turismo, Comércio, Serviços, Exploração de cortiça, Manufactura de Tapetes, Viticultura, Hotelaria, Construção civil, Metalúrgica, Móveis e Transformação de madeiras.
Feiras: Feira mensal (3º domingo de cada mês) e anuais Feira dos Porcos (última quarta-feira de Janeiro), Feira das Cerejas (5/7 de Junho) e Feira das Cebolas (13/15 de Setembro).
Festas e romarias: Festas do Concelho (23 de Maio), S. Cristóvão (último fim-de-semana de Julho) e Santa Ana (1º domingo de Agosto).
Património cultural e edificado: Sé catedral (séc. XVI/XVII), Casa Nobre (Edifício dos Paços do Concelho – séc. XVII), antigo Solar dos Avilez (Ed. Do Governo Civil e PSP – séc. XVIII), Casa Nobre – família Achaioli (Escola Superior de Educação – séc. XVIII), Casa Nobre (Janelas Manuelinas – séc. XVII), Casa Nobre dos Castelo Branco (futuro Museu de Tapeçarias de Portalegre – séc. XVIII), Solar dos Barahoma (Arquivo Distrital – séc. XVIII, Palácio (Rua José Maria da Rosa, primitivo Seminário, actual Museu Municipal – séc. XVIII, Paço Episcopal, Palácio Amarelo, Convento de S. Francisco (Cerci), Convento de Santa Clara (Biblioteca Municipal), ermidas de S. Cristóvão e Sant’Ana, Igreja de S. Tiago, Igreja da Misericórdia (Conservatório Reg.), Castelo (três torres – sécs. XIII, XIV e XVI), fontes da Boneca (do antigo mercado do Corro), das 3 Bicas, da Rua de Elvas, do Outeiro, da Misericórdia, do Penedo, do Convento de Sta. Clara e do Mergulho (Sta. Clara)
Outros locais de interesse turístico: Casa Museu José Régio, Praça do Príncipe Real (actual Praça da República), Miradouros de S. Cristóvão e do Arco do Bispo, Complexo Desportivo dos Assentos e Piscina Municipal dos Assentos (coberta).
Gastronomia: Alhada de cação, migas, açorda alentejana, sopa de lampreia, doce de amêndoa (lampreia de ovos e toucinho do céu), manjar branco, rebuçados de ovos, amêndoas, piretes e boleima.
Artesanato: Ferraria, artefactos em madeira, cortiça, ferro forjado e artes plásticas.
Colectividades: Teatro de Portalegre “O Semeador”, Grupo Folclórico e Cultural da Boavista, Assoc. Bombeiros Voluntários de Portalegre, Centro P. de Trabalhadores de S. Cristóvão, Centro P. de Trabalhadores do Bairro dos Assentos, CCD Ases do Pedal, Sport Clube Estrela , Clube Portalegrense 1925, CERCI Portalegre, A.P.P.A.C.D.M., Assoc. de Agricultores de Portalegre, Assoc. Comercial de Portalegre, Clube de Natação de Portalegre, Clube de Pesca Desp. do Alto Alentejo e Clube Columbófilo Asas de Portalegre, Coro Infanti dos Assentos.
É a sede deste concelho e do distrito. Uma cidade importante na história de Portugal, sede diocese, uma das mais conhecidas e visitadas cidades de Portugal. O seu património edificado é um bem inestimável.
A sua origem parece retomar à época romana, sendo dessa altura o nome de Ammaia que foi dado a Portalegre. No entanto, faltam factos históricos para confirmar esta versão. Confirmada mesmo, está a fundação da vila, através do foral concedido por D. Afonso III em 1259. A construção das muralhas começou em 1259. A construção das muralhas começou em 1290, durante o reinado de D. Dinis. Era necessário proteger uma zona muito importante para a defesa do território nacional. Nunca o castelo de Portalegre iria ser vencido ao longo dos séculos seguintes.
Em 1511, D. Manuel concede foral-novo a Portalegre, antecedendo as medidas acentuadamente favoráveis de D. João III. Este monarca marcou o futuro da Freguesia. Em 1549, criou a diocese de Portalegre e no ano seguinte elevou-se a cidade.
Portalegre é um desfilar, quase infinito, de belezas arquitectónicas. Indubitavelmente, a Sé Catedral encontra-se no primeiro posto, a ponto de dar nome a esta freguesia. Mandada edificar em 1556 por iniciativa do bispo D. Julião de Alva, capelão – mor da rainha D. Catarina da Áustria, foi alterada profundamente ao longo do século XVIII. A fronteira, barroca, é flanqueada por duas torres sineiras de agulhas piramidais. O claustro é da mesma época, tem um piso só e arcadas plenas de pedra lavrada. De estilo tardo-renascentista e de grandes dimensões, este templo tem três naves cobertas de abóbadas nervuradas e chaves douradas, suportadas por pilastras de granito aparelhado. Os altares laterais são em talha barroca e ostentam pinturas da escola maneirista italiana. Destaca-se do seu espólio uma escultura policromada em pedra de ançã, quinhentista. A sacristia é também uma pérola da arquitectura renascentista.
A igreja do convento de S. Francisco, por seu lado, foi construída em 1275 e modificada posteriormente. Conserva alguns restos góticos no cruzeiro e pouco mais. Este mais inclui um retábulo renascentista com quatro imagens esculpidas. A igreja de San’Tiago é do século XVI e tem características algo modestas. O templo dedicado a S. Lourenço, do século seguinte, conserva na capela – mor um retábulo barroco em talha dourada. A igreja da Misericórdia tem alguns pormenores renascentistas, depois de uma construção que destruiu a maior parte dos elementos de origem.
O convento de Santa Clara, o de Nossa Senhora da Conceição e o santuário do Senhor Jesus do Bonfim, merecem também uma palavra a nível religioso.
A nível de património senhorial, destaque natural para o que resta do antigo castelo. Mandado edificar pelo “rei lavrador”, como anteriormente foi referido, dele resistiram até hoje algumas ruínas, restos das torres quadradas e a torre de menagem. O chamado palácio amarelo tem a fachada ornada de balcões de ferro forjado.
Por último, a Casa Museu de José Régio. Poeta deste século, viveu na casa que agora alberga alguns dos seus objectos pessoais e de espólio vindo de todo o concelho. Salienta-se aqui a colecção de Cristos de madeira e uma imagem francesa de Santa Catarina, quinhentista.
Por Portalegre passou outro grande escritor, José Saramago. Em “Viagem a Portugal”, o prosador ribatejano descreve a sua visão de cidade tão “álacre” e em particular do museu Régio: “Se às cidades fossem dados cognomes, como aos reis se fazia, o viajante haveria de propor para Portalegre “a bem rodeada”. (…) Com todos estes campos e matas em redor, tão nitidamente distinta a mancha urbana do envolvimento campestre e bravio, compreendemos que José Régio tenha escrito, e obsessivamente repetido: “Em Portalegre, cidade / Do Alto Alentejo, cercada / De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros… Qualquer viajante que preze as letras alheias e as riquezas próprias se embalará na cantilena enquanto por aqui andar.
É tempo de ir à cidade velha. Metida entre muralhas em quase todo o seu perímetro, tem as características habituais deste tipo de aglomerados: ruas estreitas, serpenteantes, prédios de poucos andares. Mas a isso junta uma serenidade particular em que não há tédio, mas haverá conformação. O Largo da Sé, quadrilátero espaçoso que privilegia o templo, parece, em sossego, um terreiro de aldeia. As torres dominam o casario.”
Actualmente, Portalegre é uma cidade que alberga cerca de 18.000 mil habitantes. O sector terciário desempenha um papel fundamental, com destaque para o comércio, os serviços e o turismo. |
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