A freguesia de Santa Maria de Viade orgulha-se do seu passado glorioso, de que restam vestígios notórios, às vezes, de muito difícil estudo por ausência total de documentos. Referimo-nos ao bonito solar dos Queridos no qual sobressai uma impressionante pedra de armas, dos Barrosos e Mouras, e a extinta capela de Santa Rita. A dificuldade de retirar da obscura poeira dos tempos a verdadeira história destes e doutros monumentos conduz à propagação do rosário de lendas que a tal respeito se contam.
O vale do Regavão, que bordeja a freguesia pelo sul e nascente, dá passagem à via prima, aqui assinalada por um miliário gigante que depois se transformou na cruz de Leiranque. Não longe desse local houve um pisão – que passou a topónimo da barragem e mais acima a antiquíssima Vila de Mel, provavelmente a primeira “statio” (São Vicente da Chã seria a segunda ) entre as cidades de “Praesidium” e “Caladunum” – “mansiones” da dita via imperial. Aí, ainda se pode ver a necrópole cujas sepulturas abertas num granitoide muito mole e areento se vão esboroando com a erosão eólica e aquática. Urge acudir-lhes. Doutras eras mais recentes temos imensas notícias que dariam para grossos volumes.