Aparentemente, Freixo é uma povoação não muito antiga, quer pelas datas que ali encontramos, quer pelo tipo de construção de habitações que ali existem ou quaisquer outros vestígios relevantes (muito raros) que, porventura, nos possam falar, com certeza, do tempo passado.
Para além das sepulturas antropomórficas (Mouras) e de dois lagares cavados na laje rentes ao solo, que existem, nas Lameirinhas em propriedade do Sr. José Jerónimo Vicente e nas carrasqueiras da Vila onde se encontra uma pedra com o número 1713 inscrito, não temos grandes vestígios antigos que nos falem da nossa terra.
Esta pedra, com a data de 1713, está assente na parede com a data invertida. Dá-nos assim a certeza de que a data não foi colocada ali. A pedra veio de outro lado para lá. Donde terá vindo? Não sabemos. Sabemos sim e registamos como elemento referencial de eras, que é o mais importante, por ser a mais antiga, ou das mais antigas que podemos ver.
Pela sua configuração e escrita, esta data, revela bem a aproximação ou a proveniência dos números da civilização Árabe. Os algarismos são escritos de uma forma diferente da que hoje usamos. O seu feitio aproxima à escrita árabe.
Outras datas encontramos por um lado e por outro, em casas, nas alminhas, campas, igrejas, etc que são como que degraus, do tempo que outras pessoas viveram. Nessas datas encontramos algarismos de estilo Romano. O n°l assim expresso (I) e os outros a aproximarem-se mais da configuração que hoje têm.
Embora as datas locais nos digam já que existia o quê e quando, temos de admitir a existência de pessoas e casas, para além, mesmo muito para além, destas datas.
O que veio a ser designado " Cadastro de 1527" mandado fazer com o nome de "Numeramento de D. João III" citava já que do termo de Castello-Mendo, faziam parte determinadas aldeias, entre elas o Freixo, que ao tempo, já tinha 80 moradores, a mais populosa, in exaequo com a Cerdeira.
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