Pedrouços é a mais recente freguesia das 17 que integram o concelho da Maia, no distrito do Porto;
criada em 1985, Pedrouços dista da sede concelhia aproximadamente 9
quilómetros e é em parte limitada pelo ribeiro do Boi-Morto. O seu
orago é Nossa Senhora da Natividade, todos os anos celebrada com grande festividade, no mês de Setembro.
O topónimo Pedrouços deriva do português antigo pedrouço, que tem o significado de monte de pedras; este topónimo atesta de certo modo a ancianidade da povoação; contudo, outros topónimos como Cutamas, da Quinta de Cutamas, que deriva do árabe Kutama, nome de tribo que passou a antropónimo, sendo ainda usado no século X entre os moçárabes, são indicativos de maior ancianidade do povoamento do local.
As origens do povoamento de Pedrouços perdem-se nos tempos; povoada
em épocas muito recuadas, no seu território existiram edificações
castrejas e pré-romanas, dos princípios do século I a.c. Esta região foi passagem de Império Romano, suevos, visigodos e árabes, que encontraram no seu território óptimas condições de refúgio e de sobrevivência.
Como tantas outras freguesias, a sua importância foi aumentando à medida que os barões de Entre-Douro e Minho, começaram a pensar na independência do Condado Portucalense. Com a Batalha de S. Mamede, travada em 24 de Junho de 1128in campo Sancte Mametis quod est prope castellum de Vimaranes, entre D. Teresa, detentora do governo do Condado Portucalense tendo a seu lado fidalgos castelhanos. e o Infante Afonso Henriques, seu filho, três pessoas tiveram um papel fundamental para que o resultado final da refrega fosse positivo: D. Gonçalo Mendes da Maia, O Lidador, D. Soeiro Mendes da Maia, O Bom e D. Paio Mendes da Maia, O Arcebispo. Como prova de gratidão, D. Afonso Henriques dividiu as "Terras da Maia" em três condados, oferencendo a Maia a D. Gonçalo. o Castêlo a D. Soeiro e Águas Santas a D. Paio, assim como todas as terras que a rodeavam. Desta forma, a povoação de Pedrouços ficava a pertencer a Águas Santas.
Em 1743foi construída a capela de Nossa Senhora da Natividade, provavelmente
sucedendo a um templo anterior, para cumprimento de promessas feitas à
Virgem; em 1928, tomou-se sede da paróquia de Pedrouços, sendo actualmente um importante monumento do património cultural e edifícado.
Após anos de luta para a sua desagregação da freguesia de Águas Santas, a 14 de Junho de 1980, a comissão de moradores de Pedrouços fez a entrega do projecto de elevação a freguesia a um deputado da Assembleia da República. Quase cinco anos depois, a 23 de Maio de 1985 foi aprovada na Assembleia de Freguesia de Águas Santas a passagem de Pedrouços a freguesia, que entrou em vigor a 4 de Outubro, pelo Decreto Lei 91/85, publicado no suplemento do Diário da República.
A freguesia de Pedrouços é dotada de um invejável património
cultural, do qual passamos a destacar, a já referida Igreja de Nossa
Senhora da Natividade, a Casa de Augusto Simões, os vários edificios
setecentistas na Rua de Luís de Camões, a Casa do Alto, localizada na
Quinta das Cutamas; a Quinta do Torreão e os antigos lavadouros.
No aspecto económico, a agricultura foi a actividade predominante durante muitos séculos e, embora já não abundem os extensos campos de linho e de milho, continua-se a produzir o suficiente para o sustento de algumas famílias, que se dedicam também à produção de leite e à criação de gado. A industrialização e o comérciotêm tido algum desenvolvlmento nos últimos anos em Pedrouços, uma vez
que esta freguesia se insere num concelho onde a indústria tem um papel
fulcral e onde estão representados quase todas as vertentes desta
actividade económica.