O Cabo e a Lenda de S. Vicente
De acordo com a lenda, o Cabo deve o seu nome ao Mártir S. Vicente, o qual morreu em Valência (Espanha), em 304 d.C., às mãos do governador local romano Daciano, por se ter recusado renunciar à sua fé cristã. Daciano ordenou que o corpo do Santo fosse atirado para um campo, e assim ser devorado por animais selvagens. Porém o corpo não chegou a ser profanado, devido ao um grande e misterioso corvo que apareceu para o defender. Então o governador ordenou que o corpo fosse atirado ao mar, amarrado a uma mó. Contudo, ao tocar na água a corda que segurava a mó partiu-se e o corpo de S. Vicente foi arrastado pelo mar, dando à costa no séc. VIII, na região do Cabo, acompanhado por corvos. As santas relíquias terão sido guardadas na Igreja do Corvo, ainda referida por Edrisi no séc. XII, que fazia parte de um pequeno convento, já ali existente, de monges Moçárabes. Este mesmo autor, relata que frente ao convento ter-se-á erguido uma pequena mesquita onde os muçulmanos iam em peregrinação. Diz-se que os corvos se mantiveram de vigia na sepultura até o corpo ser transferido para a Catedral de Lisboa, após o ano 1147, na sequência da conquista da cidade aos Muçulmanos. É por essa razão que S. Vicente se tornou o santo patrono de Lisboa e os corvos fazem parte do escudo de armas da cidade.
Fonte: Câmara Municipal de Vila do Bispo
Sagres
Sagres herdou o nome do antigo Sacrum Promontorium, forma por que era conhecida a extremidade sudoeste do barlavento algarvio e em especial o Cabo de São Vicente nos tempos da Antiguidade. Houve a crença de que era aqui que os deuses se reuniam durante a noite, vindo gente de muito longe para, durante o dia, realizar vários rituais. Autores antigos referem este local como um dos ligados ao culto de Saturno e Hércules.
Fonte: Câmara Municipal de Vila do Bispo