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Pelourinho |
Pelourinho
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Símbolo da autonomia administrativa da vila, o monumento apresenta coluna seccionada, rematada por vértice em espiral, envolvido em decoração de esferas e rosetas e folhas estilizadas. Construído no séc. XVI, pertence ao período manuelino. Encontra-se presentemente na Praça da República, tendo sido trazido do Largo General Teófilo da Trindade, frente aos antigos Paços do Concelho, onde se encontrava.
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Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção |
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção
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Construída no actual Largo Francisco Manuel Fialho, sobre os restos de outra igreja mandada erguer, provavelmente, pelo convento da Santíssima Trindade de Santarém, que detinha o padroado das igrejas desde o séc. XIII e da qual não restam vestígios. A actual Matriz, de construção maneirista, apresenta uma fachada principal encimada de frontão triangular, ladeada de duas torres de planta quadrangular. Na frontaria surge-nos o portal, desdobrado em três portais simples, de padieiras rectas unidas por uma cornija de mármore branco.
O interior, de uma só nave, antecedida de nártex, é coberto com uma abóbada de berço dividida em sete tramos.
Ao fundo, a capela-mor, que acolhe o retábulo de talha dourada, em estilo barroco, época de D. João V, decorado de pássaros, anjos, parras e cachos de uvas. Ao centro do retábulo o trono que acolhe o Santíssimo.
Na nave rasgam-se duas capelas de grande interese artístico. No lado do evangelho a capela das Almas, onde se destaca o retábulo maneirista representando S. Miguel e as Almas, da autoria do pintor José de Escobar. Nos alçados laterais desta capela podemos observar restos de pintura a fresco do séc. XVII, representando Santo André e um Santo Papa, atribuídas igualmente ao pintor José de Escobar. No lado da Epístola, a capela de Nossa Senhora do Rosário, com altar de talha em dois andares enquadrando o políptico da vida da Virgem, um conjunto de seis quadros de cariz maneirista.
De igual interesse os azulejos seiscentistas que cobrem grande parte da nave.
Importa ainda salientar os dois frontais de altar de azulejo de influência oriental, do mesmo período, provenientes da ermida de Santo António.
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Igreja de Nossa Senhora da Conceição |
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
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Mandada erguer no ano de 1655, possui fachada de frontão triangular rematado por pináculos piramidais, encimado por campanário de enrolamentos, ornatos florais e sineta de bronze. O portal, de moldura rectilínea, é sobrepujado por um nicho de arco perfeito , com fundo azulejar, de cariz semelhante aos que decoram o interior da igreja. No interior do nicho uma cruz, sinal do Redentor e uma placa dedicada a Nossa Senhora da Conceição. O interior, de uma só nave, é completamente revestido de azulejos, composição do séc. XVII, semelhante aos que forram a pequena sacristia, onde se conserva um pequeno quadro em fresco com o sinal do Redentor. Na mesa de altar um magnífico frontal de azulejos com motivos florais, pássaros e fauna exótica.
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Igreja da Misericórdia |
Igreja da Misericórdia
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Construída no séc. XVI, a igreja possui frontaria triangular encimada do sinal do Redentor em pedra. na frontaria rasga-se uma luneta de moldura reticulada. A principal manifestação artística a salientar na Igreja da Misericórdia é a pintura fresquista datada do período Filipino. Esta, uma iconografia composta por doze medalhões representando personagens santificadas, cobre grande parte do tecto da nave e da capela-mor. Na aóbada da nave, os medalhões centrais apresentam os quatro evangelistas com os respectivos símbolos. No tecto da capela-mor esta composição tem o seu seguimento com alegorias à paixão de cristo. O conjunto de maior interesse surge-nos nos alçados da nave, apresentando as "Obras da Misericórdia" espirituais e temporais. Nos altares laterais, destinados a recolher a imagem do Senhor dos Passos e do crucifixo, podemos observar uma pintura a óleo e têmpora, representando uma paisagem de Jerusalém. Podemos, ainda, destacar o retábulo do altar-mor, o qual possui o Escudo Real no frontão, decorado de palmetas e vieiras, o sacrário em talha dourada esculpido com emblema solar e as chagas de Cristo, suportado por dois anjos dourados. Contígua ao templo a Casa do Despacho, onde se destaca o balcão de sacada de grade férrea com motivos geometrizantes.
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Ermida de Santa Águeda/S. Neutel |
Ermida de Santa Águeda/S. Neutel
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Ermida originalmente designada de S. Neutel, transformação populista de Santo Eleutério. Túlio Espanca refere a existência de um aglomerado populacional em redor da Ermida nos séc. XVI-XVII, do qual não restam vestígios. A quase totalidade do edifício, com excepção da ábside, sacristia e alpendre fica envolta pelo pelo casario que anteriormente estava reservado ao Ermitão e hospedaria de peregrinos. A singularidade desta ermida revela-se no fresco que cobre todo o seu interior e que é da datado dos séc. XVII-XVIII, um conjunto iconográfico de cariz popular, onde se denota alguma dificuldade na técnica e perspectiva por parte dos artistas. Destacamos ainda, na mesa do altar-mor, o frontal de azulejos seiscentista, em tudo semelhante aos restantes que se encontram na matriz da vila. Esta ermida é palco de uma importante romaria. Segundo alguns autores, este culto poderá ter sido realizado em templo próprio, o qual, arruinado, passou a estar ligado ao de S. neutel. A "Festa" de sant'Águeda, como o povo a apelida, foi igualmente conhecida pela "Romaria do Leite". Os lavradores costumavam neste dia oferecer leite a Sant'Águeda, sendo depois vendido aos romeiros na porta da igreja. A romaria manteve-se até hoje, realizando-se no Domingo de Pascoela.
Fonte: Plano de Pormenor de Salvaguarda e Valorização da Zona Antiga de Vila Nova da Baronia GTL de Vila Nova da Baronia - Maio de 2000
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