A Igreja Matriz de S. Brás é um templo quinhentista, alterado por sucessivas reconstruções.
A fachada é simples, contendo um portal em madeira, datado de 1697. Interior de uma só nave, com tecto de abóbada de berço, um altar no topo e dois laterais. No altar-mor, uma imagem de S. Brás, esculpida em pedra, data do século XVI; uma outra imagem quinhentista de pedra, representa Nossa Senhora da Conceição.
O púlpito, de pilares canelados, tem data de 1673.
A pia de água benta é quinhentista, Foi construída em 1553 por Jorge Pires.
As pinturas da abóbada de berço são frescos com motivos decorativos populares. Toda a nave, com excepção da abóbada é revestida de azulejos padrão tipo maçaroca e outros, com motivos florais, do século XVII. A capela-mor tem pinturas alusivas à vida de S. Brás. No pavimento do alpendre, encontra-se uma lápide em mármore, guardando os restos mortais de um homem que viveu na Quinta de Cabanas, podendo observar-se a seguinte inscrição: "Aqui jaz Pedro Moniz de Albuquerque que nasceu em 1676 e morreu em 1745".
A torre sineira é encimada por pináculos simples. Num murete do adro lateral do templo, encontrava-se uma estela funerária, decorada com uma cruz dupla, de haste e outra templária, que foi roubada em Junho de 1999.
Este templo foi profanado em 1810 pelos franceses, quando das invasões napoleónicas comandadas por Massena, tendo sido inutilizados todos os documentos que ali se arquivavam, alguns dos quais de grande valor para o conhecimento da história desta freguesia. Foi objecto de restauro em 1899. A classificação da Igreja de S. Brás da Romeira foi proposta como valor concelhio.