A União das Freguesias de Santa Cruz do Douro e São Tomé de Covelas é uma catorze freguesias do concelho de Baião com 16,12 km² de área e 2029 habitantes e com uma densidade populacional de 125,9 hab/km². Foi constituída em 2013, no âmbito da reforma administrativa, pela agregação das antigas freguesias de Santa Cruz do Douro e de São Tomé de Covelas e tem a sua sede em Santa Cruz do Douro.
O Douro é dos elementos naturais o mais emblemático, a par dos génios da literatura portuguesa Eça de Queiroz e Camilo Castelo Branco, que fazem parte integrante da história da freguesia, situada na margem direita deste rio, que outrora foi a estrada privilegiada do fabuloso Vinho do Porto. Hoje é sem dúvida um roteiro turístico de invejável qualidade, pelas suas tranquilas e límpidas águas, que carregam milhares de turistas que parecem ficar anestesiados com a beleza das suas margens e dos elementos que a enfeitam, como sejam, as Estações e Apeadeiros do Caminho de Ferro, as Casas Senhoriais, as Casas de Caseiro, os Olivais e as Vinhas, os Homens e as Mulheres que se ocupam da faina agrícola.
É o ambiente natural e próprio de uma freguesia com 16,12 km² de área, a terceira maior freguesia do concelho de Baião, onde se distinguem diversos lugares pela sua expressão populacional, mas há alguns que pela sua dimensão e importância cultural, se tornam verdadeiros anfitriões e que, devidamente tratados, serão cada vez mais verdadeiros embaixadores de Baião no mundo – Vila Nova e Lodeiro – são aqueles que justamente merecem Honras de Estado, porque ficaram celebres perante a presença física e intelectual de romancistas como Eça de Queiroz e Camilo Castelo Branco.
Os romances “A Cidade e as Serras” e “Fanny Owen” são espaços da literatura aconselhados para se perceber o atrás citado. A herança deixada por estes dois homens de rara intuição literária – cada um ao seu modo – como de resto são os “Cantadores ao Desafio”, dotados de uma imaginação prodigiosa, tem merecido uma continuidade saudável através da Fundação Eça de Queiroz, que é, sem margem para qualquer dúvida, a Casa da Cultura de Baião e a Embaixada da Literatura Portuguesa além fronteiras.
Falar da Casa do Lodeiro, onde Camilo se terá refugiado com a Fanny; do Parque Romântico de Agrelos – excelente espaço de lazer e de reconhecido interesse nacional; da Casa do Lavrador – qual ninho do que há de melhor na cultura popular e aonde as pessoas se deleitam a apreciar os comeres como há cem anos atrás, em serões animados pelas violas, harmónios, cavaquinhos da tocata do Rancho Folclórico de Santa Cruz do Douro; do Caminho de Jacinto – percurso de 3 km entre a Estação de Arêgos e Tormes (Eça apeou-se nesta Estação proveniente de França); às Quintas de Vinho Verde “Casta Avesso” com nome já criado “Beiredos”; “Porto Ferrado”; “Encosta de Arêgos”; “Tormes”; “Casa do Moninho”; “Covela”; “Quintãs”; ao Cemitério local onde estão depositados os restos mortais deste imortal artista das letras; as inúmeras casas de turismo rural e habitação, assim como o hotel… tudo isto é um pouco do que há de melhor para ver e visitar em Santa Cruz do Douro e São Tomé de Covelas.