.:: Freguesia de Nogueira e Silva Escura ::.
Este website utiliza cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência de navegação e aumentar a usabilidade do mesmo. Para aceitar o uso de cookies basta continuar a navegar no website. Para mais informação consulte a informação sobre Politica de Privacidade e Política de cookies do site.
Aceitar
Início
Segunda-Feira, 25.11.2024
 
Contacte-nos
Farmácias
Historial
 

A História da Freguesia de Nogueira, remonta-nos ao longínquo, ano de 1195, onde, a Paróquia Santa Maria de Nogueira aparece mencionada no "Censual do Cabido da Sé do Porto"; usando o nome "Santa Maria de Nogueira de Vilar";. Tal designação o demonstra a importância que o lugar de Vilar terá ocupado, nos finais do século XII, ao servir de referência Identificadora.

A origem do nome "Nogueira" estará; relacionada com a existência de um grande numero de nogueiras, ou de um grande exemplar desta espécie de árvores, que durante séculos existiram por estas paragens, como chegou a ser referido nas "Inquisições Afonsinas". Ainda será interessante relembrar como a própria palavra "Nogueira" sofreu, durante estes longos anos, várias alterações  na sua forma escrita e fonética : "Nocaria", (1258) "Nugaria", "Ngeira", "Nogueyra".

Orago: Santa Maria. Foi curadoria da apresentação do mestre - escola de Cedofeita. Passou a abadia. Aproveitou do foral da Maia, concedido por D. Manuel a 15/12/1519.

Abrigada no sopé do Monte da Senhora da Hora, ou do Calvário, Nogueira urbanizou-se ao longo da Rua da Igreja, ou da Padre António Costa. A outra, que a atravessa, vem de Matosinhos e Barreiros e segue para Ermesinde. Ambas oferecem uma viagem a este urbanismo harmonioso, na sua grande parte do século XIX.

É a estética das pequenas habitações  conjugadas com os solares, as casas grandes - de que a mais relevante, do século XVIII, com capela e brasão, se encontra na Rua Padre António Costa (em frente à Rua de António José de Almeida): é a Casa da Quinta (consta que nela estiveram alojados os franceses, aquando das invasões).

No lugar de Barroso, o Largo é o rocio da freguesia que, por ser cruzamento de rotas e possuir antigas empresas de camionagem, está associada a (quase) todo o concelho e ao Porto.

A Matriz é, depois da de Moreira, a mais importante das terras maiatas. Imponência criada por um artifício arquitectónico: a frontaria de um biombo, grandioso e requintado, maior do que o interior. A nave é mais baixa um pedaço do que a fachada. Na torre sineira, a data em azulejo (1929) é a da sua reconstrução, pois o templo é setecentista (e o brasão bispal da fachada seria, disse-nos o pároco, sinal de visita festejada do bispo do Porto). No interior, bem conservado, o altar-mor possui talha extraordinária - toda a talha do templo o é e mantém-se como nova. Os tectos de caixote são bem pintados. À  esquerda do altar, atenção à imagem da Senhora do Rosário, do século XVIII, e, do lado direito do arco triunfal, à expressiva Senhora das Dores.

Na Igreja e no jardim lateral festeja-se em Agosto (sem romaria) Nossa Senhora de Fátima; <> desabafou um jovem. (Este ano não choveu, mas dizia a vendedeira, das poucas que lá foram: "O ano passado ainda vendi uns melões este ano não veio ninguém.") No século XIX, a maior romaria era a de S. Bartolomeu. (Álvaro Oliveira, 1985.) Metia teatradas, comédias no adro da igreja, com mimos dirigidos à assistência. Calaram-se há muito... E na Quaresma há o Senhor dos Passos, sempre no terceiro Domingo da Quaresma. A procissão seguia o caminho do Calvário: 1.ª estação dos Passos é na elegante e setecentista capela na entrada da Rua António José de Almeida; e há mais cinco até ao alto do Monte. Nele, está a capela do Senhor dos Passos, de 1869. No interior, austero, a imagem do padroeiro. Tem à direita uma representação dolorosa e ingénua da Senhora do Encontro, e à esquerda a Senhora da Hora com o Menino ao colo. E o S. Miguel Arcanjo, que anda por aqui a lancear o dragão.

O Monte é miradouro espectacular da Maia, e a visita torna-se, por isso, obrigatória. Aqui faz-se a romaria de Nogueira à Senhora da Hora, em Maio.
Por causa dela chamam a isto o Monte da Senhora da Hora, mas também é do Calvário. O monte está arranjado e possui uma escadaria de acesso: à esquerda, na entrada, está a popularmente designada Capela do Senhor dos Amarrados (imaginativo nome, invocando cativeiro, dos cativos e perseguidos, dada a uma capela dos Passos). "È; bonita. Viu as imagens? São de santeiros daí, mas não sabemos quem eram.>> Diante da capela do Senhor amarrados há um marco com a legenda "Mercado 1º de Dezembro 1933". "Ó Senhora Albina, aqui é a feira?". "Era, era às quartas-feiras. Mas já não se faz há 50 anos. As lavadeiras vinham lá de baixo dos campos, vender as coisas. Aí meia dúzia, mas o povo não aparecia - também quem vem ao Calvário fazer compras?- e desistiram. Morreu tudo...". A nascente, um pequeno burgo e o Monte Penedo, como lá dizem.

Em Nogueira há visitas que aconselhamos: além da descoberta de Barroso, lugar central, devem, pela estrada de Milheirós e Arroteia (Rua Manuel da Silva Cruz), ir ao Casal - "de casa, ou parcela de propriedade rústica dotada de habitação" (Pª Domingos Moreira, 1969) - um conjunto característico das villas maiatas e rurais. Está lá a casa azul, oitocentista, de aldeia. Encostados às habitações dando para a estrada - tomava-se o fresco e via-se passar o trânsito os bancos de pedra. E no caminho para Vermoim, à saída de Nogueira, há uma Veneza pequena num rio afluente do Leça (a Ribeira do Arquinho), que o dono da casa de azulejo arranjou, limpou, regularizou. Corre debaixo de um parreiral a delícia do rio. Com queda de água e (arregalem-se os olhos) um moinho!

O moleiro nogueirense personificado foi o senhor Celestino Clemente Barbosa, artista não por necessidade, mas por amor às mós. "Tem duas pedras", moem, enquanto há água, seis arrobas por dia. O senhor Celestino foi um homem dos ofícios sobrevivente: cozia pão de milho para casa, construía os rodízios - e duravam 5 ou 6 anos - foi herdeiro do pai, o velho moleiro, e comprou casa para continuar a tradição.

Nos tempos em que o ribeiro do Senhor Celestino levava peixe e águas limpas, havia cantigas e poetas improvisadores: praticava-se a arte de Talma como forma de promoção cívica, inspirada e devotadamente, como se depreende destes versos de 1928:


      O Teatro é uma escola,                          O Teatro é um passatempo,
      È uma fonte de instrução,                                   È uma boa distraçao,
      Sendo bem orientado,                                        O Teatro é um conforto,
      É uma salutar lição,                                            Que dilata o coração.

     
      
   
      Avante pelo teatro,
      Avante sem desfalecer,
      Viva o Flor Nogueirense,
      Viva sempre aé morrer.


E na peça A Vida de Cristo, de autor anónimo, recolhida em Nogueira, em 1971, pelo senhor Artur Costa, as canseiras aldeãs eram assim retratadas na 1ª cena: <> Coro entrando com ferramentas de trabalho:

    

     As Trindades tocam,                                                De uma vida,
     É o aviso da ceia,                                                    Cheia de horror,
     Sinal de silêncio,                                                      Recolhe a casa,
     Em toda a aldeia.                                                    O cavalos.



Resumo Histórico da Freguesia de Silva Escura:

No distrito do Porto, a cerca de 3 quilómetros da Maia, sede concelhia, está situada a freguesia de Silva Escura, no extremo Noroeste do concelho.

O seu orago é Santa Maria, mas apesar desta grande devoção à padroeira, são também celebrados na freguesia, Santo António, a 13 de Junho e Nossa Senhora da Conceição, em Agosto.

O povoamento de Silva Escura é bastante antigo e a julgar pelos nomes de alguns dos locais que a constituem, depreende-se que será anterior ao século XII, atingindo épocas proto-históricas, pelo menos. O própio topónimo Silva Escura ascende a grande antiguidade, sendo Silva nome de planta, ou, nalguns casos, da invocação de Nossa Senhora da Silva. O qualificativo Escura vem de certa forma salientar a densidade da vegetação no local, por isso sombrio.

O documento mais antigo referente a Silva Escura é um diploma do ano de 906, que se refere a um contrato de divisão de bens da Igreja de Silva Escura entre os bispos D. Nausto de Coimbra e D. Sismando de Iria. De instituição paroquial anterior ao século XII, Silva Escura era nesta época constituída pelas villas rústicas de Devesa, Friães, Frijufe, Sá, Silva Escura e Taím, todas elas com os respectivos casais, mencionadas nas Inquirições de 1258. O senhorio destas villas pertencia em geral a fidalgos e cavaleiros-fidalgos, e no caso de Devesa e Friães era repartido com aqueles e com o Mosteiro de Santo Tirso e o cónego da Sé do Porto (Pedro Mendes), respectivamente. 

Em 1258, era abade desta freguesia o padre João de Sá - e este de Sá não indica estirpe, mas a naturalidade (o lugar de Sá nesta freguesia). O Censual alti-medievo da Sé portuense indica esta censoria episcopal, na ecclesia de Santae Mariae de Silva obscura: a terça das mortulhas, um moio de trigo, três de aveia, e dois de milho. O padroado da igreja que no século XIII se encontrava na posse só dos fidalgos, foi posteriormente repartido pelo papa, o bispo da diocese e o mosteiro de Santo Tirso, senhor aí de vários bens (doados antes de 1258, certamente pelos supracitados fidalgos). As três entidades apresentavam o abade alternadamente, com cerca de 500 mil réis anuais de rendimento.

Como património cultural e edificado a freguesia destaca-se a Igreja Paroquial, e como local de maior interesse turístico o Monte de Santo António.

A população de Silva Escura dedica-se essencialmente à metalomecânica, ao mobiliário, à indústria têxtil e à agro-pecuária. O artesanato de Silva Escura é bastante procurado, destacando-se entre outros, as famosas esculturas de santos em madeira.


 
Notícias
KIT DE MATERNIDADE
KIT DE MATERNIDADE
Junta de Freguesia oferece Kits de Maternidade aos recém-nascidos de Nogueira e Silva Escura.
Reuniões do Executivo da Junta de Freguesia (a partir de outubro de 2021)
Informação dos dias de Atendimento das Pessoas da Freguesia
Informação dos dias de Atendimento das Pessoas da Freguesia
LIMPEZA DE TERRENO
LIMPEZA DE TERRENO
ESPAÇO CIDADÃO
ESPAÇO CIDADÃO
Parques Infantis
Equipamentos destinados ao lazer das nossas crianças
Início Autarcas Freguesia Informações Notícias Mapa do Portal Contactos Política de Privacidade
Junta de Freguesia de Nogueira e Silva Escura © 2010 Todos os Direitos Reservados
Desenvolvido por FREGUESIAS.PT
Portal optimizado para resolução de 1024px por 768px