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Quinta-Feira, 21.11.2024
 
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Lendas e Tradições
 

“A Lenda dos Cavalos de Fão e do Ouro de Ofir”
“Salomão quis dar cumprimento a um velho desejo de seu pai, o Rei David: construir o Templo do Senhor, em Jerusalém. Chegaram de todo o reino artífices hábeis em construir templos, em trabalhar a madeira e na arte de lavrar a pedra.

Solicita a ajuda do Rei Irão da Fenícia que constrói uma frota, que atravessa o Mediterrâneo e sulca o Atlântico recolhendo madeiras exótica, com destaque para os cedros do Líbano.

Não era suficiente a riqueza dos cedros do Líbano: faltava-lhes o ouro, a prata, as pedras preciosas. Diz a lenda que o bíblico "Ofir" existia na foz do Cávado. Seria dali que os navios fenícios, ao serviço do rei israelita, recolhiam suas cargas preciosas e as transportariam para Jerusalém.

Quis o Rei Salomão mostrar a sua gratidão para com estes povos tão remotos, enviando-lhes como presente maravilhosos corcéis que no mundo melhor haviam.

O destino, porém, não permitiu que tal acontecesse, arrebatada por uma medonha tempestade, a frota salomónica foi despedaçar-se de encontro à penedia e os famosos cavalos, por obra dos deuses, ficaram petrificados e eternamente cativos destas águas oceânicas, que ora acariciam, ora batem em espumosa fúria, tornando o mar da região um mar de sede, um “suave mar”.”


Outra lenda, essa de cariz mais bélico e de defesa da terra sua, conta assim...

"Em tempos remotos quando hordas de bárbaros vindos do norte da Europa invadiram a Ibéria na sua sede de destruição e conquista chegaram a terras de Fão que procuraram conquistar pelas notícias que lhes chegavam de serem locais de oiro e de prata abundantes.

O Povo com poucos meios mas muita artimanha conseguiu empurrar os invasores que vinham montados em belos cavalos na direcção dos mares onde vieram a morrer afogados. Os cavalos, contudo, por intervenção divina, foram transformados em rochas talhadas à sua semelhança formando uma barreira de protecção do longo areal e onde ainda hoje se mantém, somente sendo visíveis em tempo de maré vazia.
"

 
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