Senhores vereadores da Câmara Municipal de Portalegre
• Senhoras e senhores membros da Assembleia de Freguesia Alegrete
• Senhoras e senhores Presidentes de instituições e coletividades da Freguesia de Alegrete
• Caras e caros Alegretenses
• Minhas senhoras e meus senhores
O momento que hoje vivemos é histórico para a nossa freguesia.
Comemoram-se 500 anos de história, pois foi a 14 de Fevereiro de 1516 que D. Manuel I atribuiu Foral Novo à Vila de Alegrete.
Quando o rei atribuía uma Carta de Foral, estava a reconhecer os esforços da localidade na construção do país, nomeadamente na participação ativa nas guerras para conquistar o território.
O Foral regulava também a administração, a vida coletiva de uma terra e garantia aos moradores da mesma, privilégios, exigindo em contrapartida algumas obrigações e tributos.
Os denominados “Forais Manuelinos” constituíram um ato reformador de D. Manuel I e substituíram os antigos Forais Medievais, fomentando uma nova ordem administrativa nos concelhos abrangidos por estes documentos, dai a sua importância.
Alegrete foi Vila e Sede de Concelho até 1855, chegando a contabilizar cerca de 2500 habitantes.
Devemos orgulhar-nos de possuirmos um valioso património edificado que perdura no tempo e testemunha a memória de várias gerações que o construíram e escreveram a página da nossa história.
Lembro assim aqueles que, ao longo destes 500 anos ajudaram a construir a história desta terra, não só os que ostentam títulos e são retratados em compêndios e manuais, mas todos os que, muitas vezes sem nome, com o rosto coberto de suor, lavraram, semearam, muraram e construíram com esforço, o magnifico património que hoje possuímos.
Lembro ainda os que partiram por opção ou por contingências da vida e que, não estando presentes, nos acompanham neste dia em que se celebra esta efeméride única e irrepetível.
Reconheço também o papel de todos os que desempenharam as suas funções de autarcas, alguns já falecidos e que deram o seu contributo para o desenvolvimento da nossa identidade e da nossa cultura.
Encontramo-nos frente a frente com anos de história, modos de viver, usos e costumes, rostos, anseios, expectativas e projectos de muitas pessoas que pensaram, sentiram, fizeram e construíram este território de que nos orgulhamos.
Agradeço o empenho de toda a população, das colectividades e instituições da nossa freguesia, pela vontade demonstrada neste momento de festa, com certeza o que podemos ganhar do trabalho conjunto, devidamente coordenado e com um objectivo comum, é seguramente mais do que a soma dos esforços individuais com objectivos dispersos.
Por último, deixo uma mensagem de optimismo na convicção de podermos construir uma freguesia melhor, que combata o pessimismo, a mediocridade e a falência de ideias e que de forma decidida possamos aproveitar as oportunidades que se nos deparam.
Obrigado pela vossa presença e viva a Freguesia de Alegrete.