A Casa do Facho, construída em boa cantaria, mede cerca de 6x4 metros e teria 5 de altura.
Trata-se de uma construção quinhentista (séc. XVI) e em 1926 já se encontrava praticamente desmoronada.
A porta é estreita, de arco redondo e arestas biseladas. A encimá-la foi colocado, posteriormente (século XVII) um brasão com as armas nacionais. Segundo alguns autores (GUERRA. 1926) terá sido D. João III quem ordenou a sua construção embora sofresse, mais tarde, algumas alterações.
No interior da parede Sul, quase totalmente desmoronada, existe uma espécie de cantareira, a pouca altura do solo. Há quem lhe chame o banco dos poveiros pois aí se sentavam para comer os farnéis em dias de romaria. Também, e nessa mesma parede, existe um pequeno postigo que permitia observar uma grande área para Sul. Esta função de vigia deixou de ser possível a partir do momento em que é construída, no século XVIII, a Capela de Nossa Senhora da Bonança.
Através de documentos estudados, sabe-se que dentro deste reduto existia um poste em madeira no qual se içava uma lanterna ou caldeira acesa para avisar os navegantes.
Um período importante na vivência destes Fachos foi certamente o da Restauração. Este período de guerra (1640-1668) e a forte pirataria que assolava a costa portuguesa, obrigaram os Administradores dos Concelhos a tomarem medidas eficazes, de entre as quais a revitalização destes locais de vigia, transformando-os em postos de defesa.
Também, e por ordem de D. Miguel procurando evitar o desembarque das tropas de D. Pedro, as Ordenanças foram organizadas e daqui vigiavam a costa entre Apúlia e Esposende.