.:: Freguesia de União das freguesias de Romeira e Várzea ::.
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Extinta Freguesia da Romeira

Censos 2011 - População H/M - 783 / Edificios - 423; Alojamentos - 434; Famílias - 284

Censos 2001 - População H/M - 774/ Edifícios - 373; Alojamentos - 394; Famílias - 344  

Censos 1991 - População H/M - 742 / Edificios - 316; Alojamentos - 317; Familias - 259

Censos 1981 - População H/M - 769 / Edificios - 290; Alojamentos - 294; Familias - 266 

História da Extinta Freguesia da Romeira

Situada na zona do "Bairro" de Santarém, rodeada de densos e seculares olivais, a freguesia da Romeira (antiga paróquia de S. Brás da Romeira) dista 10 quilómetros da sede do Concelho.

Tem a sua sede na povoação com o mesmo nome. A paróquia é muito antiga, provavelmente do século XIII. Um documento datado de 1260 refere a Romeira, a propósito de um diferendo entre o reitor e os clérigos da igreja de S. Martinho por um lado, e a igreja de S. João do Hospital por outro. O diferendo resolveu-se, passando o reitor de S. Martinho a receber metade das dízimas das herdades que a igreja de S. João tinha em Assentiz e Bairro Novo e nas granjas de Tremês, Ventosa e Romeira. O nome de Romeira, segundo diz a lenda, derivou de terem existido, há muitos anos atrás, nos seus campos, muitas romãzeiras. Outros afirmam que teria resultado das primeiras mulheres que habitaram a povoação, nunca terem faltado às romarias.

Esta povoação foi doada, em 1442 a Fernão Rodrigues Alardo pelo rei D. Afonso V. Este nobre era descendente de D. Payo Mogudo de Sandim, tronco da familia dos Barbas.

"Há nesta freguesia hum Morgado muy rendoso, de que fez mercè El-Rey D. Affonso o quinto em 12 de Mayo do anno de 1442 a Fernão Rodriguez Alardo,  o possue hoje seu quinto neto Rui Barba Correia. Fernão Rodriguez Alardo [...] foy Alcaide mór de Leyria, & Óbidos, & Vassalo do dito Rey, & Escudeyro do Infante D. Pedro, filho del Rey D. João o Primeyro: casou com Isabel Correa, filha de João Correa, da familia dos Correas de Farellaens, criado do dito Infante D. Pedro, & do seu conselho, com o qual morreo na batalha da Alfarrobeyra, & de Isabel Vaz de Castello-Branco [...]"

Em 1580, Rui Barba Correa, tomando o partido por D. António, Prior do Crato, viu-lhe retirados pelo rei D. Filipe II, todas as honras, privilágios e bens, e que passaram a reverter a favor da Coroa. Um documento do século XV refere a doação feita pelo Rei Afonso V, dos casais de Agua Peneira situados na Freguesia da Romeira, a D. Catarina, mulher de D. Afonso Pereira, fidalgo da Casa Real e alcaide-mor da vila de Santarém.

Esta freguesia teve primeiramente a sua sede na povoação dos Casais S. Brás, onde se situa a Igreja Matriz. Em 1712 S. Brás da Romeira era curado com setenta vizinhos. Em 1758 a população mantinha-se: setenta fogos com duzentas e setenta pessoas. A freguesia de S. Brás da Romeira era composta pelos Casais S. Brás e mais dois lugares: Outeiro de Cabanas e o lugar da Romeira. Não é referido o número de fogos em cada um dos lugares. Houve no entanto um aumento de povoação em relação ao século XVI, no lugar da Romeira, que possuia em 1527 vinte cinco vizinhos. Possuía ainda três quintas: a das Cabanas, a do Carvalho e a quinta da Boaventura. Era terra realenga, "pertencente a El-Rei". A paróquia ficava situada fora do lugar. O pároco era apresentado pelo povo e tinha de renda cinquenta a setenta reis.

Não tinha feira nem correio, servindo-se do de Santarém, era rica em pão, vinho e azeite. Possuía duas ermidas, uma no lugar da Romeira, dedicada a Sta Catarina e que era do povo, e outra na quinta do Carvalho, dedicada a S. Pedro e pertencente a Rodrigo da Costa, da vila de Santarém.

No século XIX, a população desta freguesia aumentou consideravelmente, compreendendo em 1861, cento e três fogos. A estrada nacional que liga Santarém à Batalha, construída no reinado de D. Luís I, muito contribuiu para o desenvolvimento desta povoação.

Extinta Freguesia de Várzea

Censos 2011 - População H/M - 1817 / Edifícios - 905; Alojamentos - 432; Famílias - 695

Censos 2001 - População H/M - 1686 / Edifícios - 745; Alojamentos - 789; Famílias - 605

Censos 1991 - População H/M - 1805 / Edifícios - 717; Alojamentos - 725; Famílias - 615

Censos 1981 - População H/M - 1821 / Edifícios - 658; Alojamentos - 686; Famílias - 603

História da Extinta Freguesia da Várzea

Situada na região do Bairro, a norte de Santarém e no limite urbano da cidade, a freguesia da Várzea (antiga paróquia de Nª Srª da Várzea e Outeiro). è uma freguesia peculiar no sentido em que não existe o nome "Várzea", em termos de lugar. Várzea é assim, o conjunto de todos os lugares que compõem a freguesia, e o lugar principal, tido como sede de freguesia é Outeiro da Várzea.

Ignora-se a data da sua criação, sabendo-se porém que já era povoada durante a ocupação árabe. O nome várzea é um agro-topónimo, alusivo a campos planos e férteis.

A toponímia de alguns doslugares pertencentes a esta freguesia comprova a sua antiguidade: Aramenha (de Sermenha), Vila Gateira (refere-se à Villa romana), Mafarra (origem árabe)

A quinta da Mafarra pertenceu a D. Maria Esteves Mafarra, neta de um rico cavaleiro de Santarém, João Egas (ou Viegas). Foi incluída nos bens do convento de Santa Clara, na primeira metade do século XIV, quando D, Maria Esteves se tornou abadessa daquele convento.

Porém, a falta de elementos sobre a história desta freguesia deve-se ao afacto dos seus arquivos terem sido destruídos pelas tropas francesas em 1810, tendo a capela de S. Miguel e mais nove  templos, sido profanadas e saqueados.

O recenseamento de 1527 refere as aldeias do Outeiro, com treze vizinhos, Perofilho, com vinte um vizinhos, Graínho, com dezasseis vizinhos e Vilgateira com vinte e três vizinhos.

Em 1712, havia na freguesia de Nossa Senhora da Várzea e Outeiro cento e cinquenta vizinhos. Em curado, apresentado pelo prior de S. Martinho.

Meio século depois, a população tinha aumentado para cento e noventa fogos e seiscentas e oitenta e duas pessoas (excepto as crianças com menos de sete anos).

Tinha nesta data, duas igrejas principais: a igreja do Outeiro (assim chamada por estar situada num monte), cujo orago era S. Miguel e a igreja da Várzea, cujo orago era Nossa Senhora da Conceição.

Assim, a freguesia foi-se desenvolvendo à volta destas duas igrejas, que se situavam fora do povoado.

Após reconquista cristã, organizou-se o povoamento do território, acompanhado da cristianização rewvelada pelos velhos cultos a S. Miguel e S. Martinho. Em abono do culto do primeiro Santo, o facto da capela em sua honra ter sido erecta num outeiro. Geralmente, os templos dedicados a S. Miguel erguiam-se em locais elevados.

Esta ermida iria passar a igreja matriz, com o título de Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora da Várzea. Não se sabe a partir de quando, mas Pinho Leal refere a propósito "A antiga igreja paroquial era centro da freguesia e a uns cem metros do lugar de Pero-Filho, em uma várzea que deu o nome à padroeira e à freguesia". Refere ainda o prolixo autor que a igreja "estava edificada junto a um ribeiro que no Inverno, havendo grandes chuvas inundava o templo".

Em 1872, já só existiam três: a de Santo António em Vilgateira; a de Nossa Senhora da Piedade em Pero Filho;  e a de Nossa Senhora da Conceição em Aramenha.

Várzea foi curato de apresentação do prior da colegiada de S. Martinho de Santarém. A população, que duplicou a partir do século XIX, dispersa-sde pelos seguyintes lugares: Alcobacinha, Aramenha, Azenha, Carneiria, Casais dos Chões, Casais da Coimbrã, Casais do Maio, Casais do Porto Mau, Casais do Quintão, Charruada, Cortelo, Fonte de Vilgateira, Graínho, Outeiro, Pero Filho, Vale da Viúva e Vilgateira.

Terra rural, baseada na agricultura e na pecuária, Várzea tem vindo a perder as tradições rurais que a caracterizaram em tempos. "Aos sábados, no Verão depois das aulas, o Dr. Joaquim Augusto, convidava alguns rapazes a ir com êle passar o domingo à Vàrzea. Era uma boa caminhada de alguns quilómetros. Mas as nossas pernas não temiam. E após o jantar começava qa marcha". (Ribatejo Histórico e Monumental).

Não tinha juiz ordinário, mas de vintena. Também não possuía feira nem correio.

Em meados do século XVIII, havia nesta freguesia catorze moinhos, dos quais oito eram movidos a água e seis a vento.

 As terras eram extremamente férteis, abundando as hortas, os pomares e as vinhas.

No século XIX, a freguesia da Várzea contava com duzentos e dezassete fogos, a que correspondiam cerca de oitocentas pessoas.

 
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