Sequeiros era antiga freguesia de São Sebastião de Sequeiros. Esta Freguesia tem uma instituição paroquial posterior à Idade Media do século XIII para o XIV, pelo menos, ainda não existia, pois achava-se incluída na de Santo Eusébio de Aguiar, cujo vigário apresentava o cura que tinha 7200 reis de côngrua e pé de altar. A instituição paroquial foi erecta após 1258. Porém, o povoamento de Sequeiros é anterior à Nacionalidade, e até a toponímia dá do facto demonstração. Não deve provir, como julgam alguns autores, do latim Siccarius ou Sicafiollos, mas sim dos terrenos sequeiros, ali abundantes até à Quinta do Ródão. Nas cercanias e montes próximos deviam ter existido castros e consequentemente civilizações proto-cristãs ou proto-históricas, especialmente no lugar da Cabeça Cimeira. A testemunhar este facto, sabe-se da existência de algumas sepulturas antropomórficas, algumas das quais já soterradas no subsolo de edificações existentes. Esta povoação participou do aforamento de Aguiar dado por D. Afonso Henriques e confirmado por D. Afonso III, passando também a contribuir no encargo de trezentas mil libras que o concelho suportava. A prova do povoamento desta localidade está confirmada no texto das Inquirições de 1258. Sequeiro participou de todos os senhorios da vila de Aguiar, entre eles o do Infante D. João, filho de D. Pedro 1 e de D. Inês de Castro. in “Aguiar da Beira - A História, a Terra e as Gentes”, Edição Câmara Municipal de Aguiar da Beira, de Fernando Jorge dos Santos Costa e João António de Sequeira Alves Portugal.
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