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Quarta-Feira, 24.4.2024
 
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Lenda do pinheiro das luzes

" Foi no tempo das invasões francesas que aconteceu esta história, foi quando os franceses fizeram andar a monte as gentes destes povos. Fizeram desacatos nas igrejas, botaram fogo a tudo e não levaram mais porque muita gente escondeu o que pôde, ainda hoje aparecem panelas de libras enterradas e escondidas nas paredes e chãos das casas. Pois foi neste tempo que os franceses roubaram Santa Maria na Covilhã, a custódia com o Santo Lenho para a levarem para França. Mas não sei porquê antes de chegarem á Senhora do Carmo, esconderam a custódia com o Santo de Lenho no alto de um pinheiro. Toda gente andava á procura da custódia até que alguém viu da Vila, (a Covilhã nesse tempo era Vila ), um pinheiro com umas luzes que brilhavam tanto que era mesmo uma admiração. Muita gente pôs-se a caminho para ver de perto o que era aquilo, pois nunca se tinha visto nada igual. Vieram andando para estas bandas guiados pelas luzes que o pinheiro deitava. Quando chegaram junto do pinheiro e viram a custódia roubada de Santa Maria, viram que era o Santo Lenho que brilhava por milagre do Senhor para que todos o pudessem encontrar. O sol batia nela e espalhava luzes tão vivas que era mesmo uma admiração. Não tinha uma beliscadura e as abelhas andavam de volta dela cobrindo-a de mel. Espalhou-se a notícia pelas redondezas e vieram gentes das aldeias mais próximas e da Covilhã e levaram a custódia em procissão a caminho da Covilhã cantando o ' Bendito ', foi uma coisa nunca vista, a estrada ficou cheia de gente, pois só os doentes ficaram em casa. O pinheiro ainda existe lá no Terlamonte e ficou desde aí a chamar-se ' Pinheiro de Luzes '."

Lenda da menina

Existe no cemitério do Teixoso e no cemitério da Covilhã, uma campa com a figura de uma criança deitada sobre ela. Conta-se a seguinte canção sobre essa lenda:

Levanta-te ó Mãe, de cama tão fria
enquanto dormia trouxeram-te aqui
 ó Mãe, não ouves a pobre Maria      
 pequena sozinha, chorando por ti.

As nossa janelas jamais foram abertas o lume apagou-se e há cinza no lar as pombas são tristes, a casa deserta as flores da virgem já estão a murchar.

Três dias e três noites, a pobre Maria Junto ao cemitério pela Mãe chamava no fim do terceiro dia já força não tinha chorando e gemendo por fim inspirou."


O Medo da Ribeira da Fonte Santa

Todas as pessoas do Teixoso, conhecem ou pelo menos já ouviram falar na Ribeira da Fonte Santa, mas poucos sabem a sua história. Vamos passar a contar essa história para que as pessoas a conheçam um pouco melhor e poder dar a sua opinião sobre ela. " Havia há muitos anos atrás, bastantes anos, um Ribeiro cujas águas nasciam e corriam pela entranhas da serra até que chegavam a um local onde existia uma Fonte, e onde essas águas pareciam sulfurosas e reconhecendo-se-lhe excelentes qualidades termais. Diziam as pessoas que esta água curava todas as doenças desde que não fossem doenças genéticas e hereditárias. Desde então, a Ribeira da Fonte Santa começou a ficar famosa e atraia muita gente vinda de povoações perto do Teixoso, que vinham ali aquele local para se banharem e para beberem aquela água santa. As pessoas mais crentes ergueram lá na Fonte Santa uma imagem a Nossa Senhora e ali oravam e faziam os seus tratamentos. Mas posto isto tudo, surgiu um problema, é que o dono da propriedade por onde passa o Ribeiro e onde se situava a Fonte Santa, não gostava que as pessoas ali fossem, porque ele dizia que lhe estragavam as coisas da propriedade. Então um dia foi á Fonte Santa, inquinou as águas, destruiu a imagem de Nossa Senhora e proibiu as pessoas de irem lá fazerem os seus tratamentos. Quando este senhor faleceu as pessoas diziam que por causa daquela maldade cometida em vida, o seu espírito não tinha descanso e que este andava lá pelo Ribeiro da Fonte Santa, arrastando correntes e fazendo um barulho medonho, assustando as pessoas. Segundo algumas testemunhas, como o senhor António Duarte, que se hoje fosse vivo contaria já com cento e poucos anos, e que era um cidadão de reconhecida personalidade e não facilmente impressionável, uma noite quando guardava as suas melancias de reconhecida qualidade que já tinham sido expostas em Lisboa, lá no seu chão perto da Ribeira da Fonte Santa, de repente ouviu um barulho de correntes e de vento a assobiar e disse para com ele: -"Deve ser o espírito, que dizem andar por aí, mas se me vem cá estragar as melancias pego já na enxada que o racho de meio a meio!" Então, o dito espírito que parecia uma sombra, surgiu mesmo em frente do senhor António Duarte, e este sem saber o que fazer, pois até a cadela que o acompanhava uivava com medo, lembrou-se que trazia no bolso um terço, visto ele ser um homem bastante religioso, então agarrou o terço e disse três vezes: -"Credo, Santo nome de Jesus!" Quando acabou de pronunciar estas palavras o dito espírito saltou para o Ribeiro e desapareceu. Outra testemunha que disse ter tido um encontro com o dito espírito, foi o genro do senhor António Duarte que era o senhor José Ferreira, este foi o episódio que se passou com o senhor Ferreira. Estando ele ao anoitecer na varanda apanhando a fresca na companhia da família, quando a cunhada dele disse que tinha de ir ao Ribeiro para fechar o prezão visto que lhe pertencia a ' adua ', mas como já era tarde quase de noite, o senhor Ferreira disse para a cunhada que ia lá ele tratar do assunto. Pegou na lanterna, na enxada e pôs-se a caminho, quando ia já perto do Ribeiro tropeçou, mas não ligou, pois naquela época os porcos costumavam andar pelas ruas, e podiam ter feito ali o buraco onde ele tinha tropeçado, mas no entanto a lanterna apagou-se, o senhor Ferreira não ligou e pôs de novo a lanterna a funcionar, quando esta se acendeu ele diz que viu uns pêlos compridas na sombra da lanterna, então focou intrigado e pensou: -"Bom se calhar é isso que dizem andar aí!" Fechou o prezão, e nisto lembrou-se que trazia um chapéu na cabeça e naquela altura não o sentia, abanou a cabeça e verificou que tinha os cabelos todos em pé e o chapéu no cimo dos cabelos, ao mesmo tempo ouviu um grande barulho de correntes e de vento e disse para ele: -"Sempre é isso, é o espírito!" Ficou calado e esperou que aquilo passasse e regressou á Quinta da Tapada que era do sogro. Quando chegou á Quinta chamou por um criado que lá tinha de nome Lucas, este apareceu aos gritos: -"Ó senhor Ferreira, não viu, anda aí o diabo a solta!" Mas o senhor Ferreira para acalmar o criado disse que não tinha visto nada. Regressou a casa e quando aí chegou começou a pensar naquilo que lhe tinha acontecido, ficou muito branco e não podia falar, só passados alguns largos instantes é que conseguiu contar á família o que se tinha passado. Outro episódio relacionado com o suposto espírito, foi o que aconteceu com um tal Amaral que era quinteiro e vivia lá na Quinta de S. João, que se situava muito próximo da Ribeira da Fonte Santa e que fazia parte da propriedade do tal homem que destruiu a Fonte Santa. Este tal Amaral dizia ouvir várias vezes o tal suposto espírito fazendo barulho com as correntes e o medonho barulho do vento a assobiar e uma vez ele disse que se o espírito por ali passasse lhe dava dois tiros. Assim como o disse, assim o fez, uma certa noite o senhor Amaral ouviu tal barulho, saiu á rua de caçadeira ao ombro e disparou dois tiros. Nesse momento aquele barulho veio aproximando-se cada vez mais da casa do senhor Amaral, este só teve tempo de se meter em casa, pôr um ' arcaz ' a trancar a porta, a partir desse momento lá ficou o senhor Amaral dentro de sua casa tremendo de medo. No dia seguinte, as pessoas da vila estranharam a falta do senhor Amaral e foram procurá-lo na Quinta, quando lá chegaram verificaram que a porta da rua estava toda arranhada e pareciam arranhadelas de unhas muito fortes, quando tentaram abrir a porta não conseguiram, pois tinham o ' arcaz ' a trava-la, então entraram por uma janela e foram dar com o senhor Amaral morto, possivelmente morto de medo." Contam-se muitas mais histórias sobre o tal espírito como a daquela pedra ao pé da Fonte Santa que era chamada a Pedra do Medo, porque se dizia que era ali que se sentava o tal espírito e acontecia uma coisa muito engraçada, que era o seguinte por mais que se suja-se a pedra, ao outro dia a pedra aparecia completamente limpa, também outra coisa estranha que acontecia com esta pedra, era que não criava musgo permanecendo sempre branca e limpa. Terão estes factos testemunhados explicação? Pois não se sabe e até hoje continua a dúvida sobre este mistério, assim como o de muitos outros.

Lenda de Nossa Senhora dos Verdes

Houve em tempos, nos campos da região, uma praga de lagartos que comiam o "renovo" todo. Os lavradores da terra desesperados com a situação fizeram uma promessa a Nossa Senhora para afastar a praga dos campos, o que veio a acontecer. Como agradecimento, os lavradores ergueram-lhe uma capela e todos os anos lhe faziam uma romaria em sua honra, em que as ofertas eram sempre os melhores produtos que colhiam da terra.

 
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