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Locais de Interese (Património)
Penela da Beira

Penela da Beira encontra-se cerca de mil metros de altitude, na encosta da serra, com exposição para nascente e cortada de vales, daí que a paisagem seja deslumbrante e diversificada.

Acessível através de três estradas de boa qualidade, destacando-se a Estrada Nacional 229, Penela da Beira detém um vasto e rico património natural, arqueológico e arquitectónico, do qual se destaca:

Igreja Matriz

Este templo foi edificado no século XVIII, com a frontaria de duas águas com cruz no vértice da empena e dois + pináculos sobre cunhais. Ofrontispício tem a forma de frontão, o portal tem lintel ligeiramente curvo e decorado, sendo encimado por um vão de iluminação do coro. A Igreja é composta pelo corpo da nave, capela-mor e sacristia.

O tecto da capela-mor está decorado com vinte e cinco caixotões , com pinturas com motivos florais. O altar-mor tem, no camarim, um trono de três degraus, encimado em gló

ria. O corpo da nave tem quatro altares repintados: o das Almas, o do Sagrado Coração de Jesus, o do Sagrado Coração de Maria e o do Senhor Morto.

de referir que a Padroeira era, até ao século XVI, Santa Maria, mais tarde com o título de Senhora di Planto, como ainda se pronunciava nos finais do século XVII, evoluindo, depois, para a Senhora do Pranto.

Em redor do templo, surge uma amplo adro, ladeado de altos muros para evitar a entrada de animais. Até as duas entradas tinham uma grade de ferro, no chão, para o mesmo efeito.

A parte sul serviu de cemitério até final do século XIX, altura em que se iniciaram os enterramentos no novo cemitério.

Junto à entrada principal, encontra-se, ainda, a tampa de um sepultura com a inscrição "A Frei Domingas da Trindade de seus Cordeiros 1648".

   
Dólmen/Capela de Nossa Senhora do Monte

O Dólmen/Capela de Nossa Senhora do Monte, declarado Monumento Nacional, em 5 de Dezembro de 1961, é uma sepultura pré-histórica de grandes proporções (megalíticas), com uma câmara poligonal de sete ou nove esteios e um corredor longo.


O aproveitamento das suas estruturas para a edificação de uma capela, na Idade Média, talvez no século XV, sublinha o sentido místico e religioso que o monumento já possuía. Trata-se de um dos raros casos de dólmen cristianizado em Portugal.
A Capela de Nossa Senhora do Monte encontra-se, há cerca de setenta anos, em ruínas. No dia dedicado à Senhora, reuniam-se sete cruzes que vinham em procissão das freguesias circunvizinhas.


Em 1991 e 1993 o local foi alvo de trabalhos arqueológicos que permitiram concluir que o sepulcro foi construído, utilizado e encerrado há, aproximadamente, cinco mil anos.


O monumento ocupa o centro de uma necrópole de mais de cinco sepulturas, das quais se destacam a do Sangrino, situada a cerca de seiscentos e sessenta metros; a do Turgal, a mil e duzentos metros; e a do Carvalhal, que dista apenas cinquenta metros.
Esta última possui uma antecâmara de tipo "vestibular", característica arquitectónica pouco comum em monumentos megalíticos do centro de Portugal.


Capela de Santo António

Esta ermida, erigida no século XVIII, detém um alpendre com seis suportes. A frontaria da capela é de duas águas, com cruz no vértice da empena e pináculos sobre cunhais. O portal é de volta perfeita, com cinco aduelas.


No interior, destaca-se um altar em mármore, com a imagem de Santo António. Destaca-se, ainda, o painel de azulejos que representa Santo António, datado de 1761.
Na fachada virada a nascente existe uma cópia deste azulejo, data de 1963, ano em que a capela foi restaurada, tendo as obras sido custeadas por subscrição pública.

Capela de Santo Tirso

A Capela de Santo Tirso foi construída no século XVI e situa-se num pequeno povoado do mesmo nome, com cerca de uma dezena de casas e uma única rua, estando, de momento, completamente desabitada. Este lugar, anteriormente, denominava-se Penela Vedra.


A Capela guarda, dentro dos seus muros vulgares, de construção moderna, dois trípticos em tela, de execução ingénua, mas de venerável antiguidade.

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