Lenda da Atalaia
Pensa-se que a Atalaia, tenho sido povoada pela primeira vez pelos Mouros, que lhe deram o nome de Ata-Lãa, devido ao facto de ser um ponto alto de vigia militar. A Atalaia, foi conquistada por D. Afonso Henriques em 1147, mas esteve muitos anos sem ser povoada, começando-se a desenvolver apenas em 1315 no Reinado de D. Dinis.
Mais tarde a Atalaia, foi oferecida a um Conde como o mesmo nome da Freguesia que começou o seu povoamento. Em 1669 é iniciada a construção de actualmente chamada “Casa do Patriarca”, um grande palácio de influência Árabe e de Nobre Arquitectura. Anos mais adiante, esta casa viria a testemunhar o nascimento do Cardeal Patriarca D. José Manuel da Câmara, em 1686, filho do quarto Conte da Atalaia D. Luís Manuel de Távora e de D. Francisca Leonor de Mendonça. O Cardeal Patriarca só voltou á Atalaia, para passar a ultima parte da sua vida, vindo a falecer em 1758. Sendo sepultado na Igreja Matriz da Atalaia, na parede ao lado do Evangelho. Actualmente encontra-se sob o altar-mor.
A Casa do Patriarca encontra-se numa região que é abundante em belezas naturais e arquitectónicas, devido ao facto de pertencer a uma zona templária, onde os terrenos eram marcados com a Cruz Templária. Daí nasce uma lenda, que admite a existência de uma mina, que se encontra entre a Igreja Matriz da Atalaia e a Capela do Senhor Jesus da Ajuda. Mais propriamente no alto do Picoto, onde se pensa que tenha existido uma Torre Templária que estaria ligada ao Convento de Tomar e ao Castelo de Almourol.
Lenda da Fonte do Castelhano
A Quinta Ponte da Pedra, encontra-se situada na Freguesia de Atalaia, esta pertenceu em tempo a um homem de origem castelhana. Perto dessa quinta, encontra-se uma Fonte. Em tempos mais remotos as pessoas das Freguesias mais próximas dessa ponte iriam abastecer-se de água nesse local, onde a água corria pura e fresca. O local servia também de convívio para as pessoas que a ele se dirigiam, havendo sempre crianças a brincar e a descansarem debaixo das árvores e falarem umas com as outras, ninguém saía do local sem beber ou levar um pouco de água da Fonte. Debaixo dessas árvores os habitantes contavam a lenda daquela fonte:
“- Naquela gruta que está a poucos metros da fonte, quase coberta de terra diz-se viver nela uma Moira encantada. Pela calada da noite sobe o fosso, espreita à janela que lhe serve de porta... se não vislumbrar ninguém vem lavar-se na fonte. Os Castelhanos prenderam-na ali... e a nascente é formada pela muitas lágrimas por ela derramadas ao longo dos séculos. Quando esta mulher de procedência mourisca encontrar, por acidente, alguém que lhe ofereça um copo de água, arrepia caminho... Quebra-se o encanto e a fonte seca."
Trabalho desenvolvido pelo grupo de jovens do ATL , ano de 2011